Emissora vem acumulando prejuízo nos últimos anos
A onda de demissões, mudanças de contrato com artistas e não renovação de direitos de transmissão nos esportes tornou-se rotina na Rede Globo. O corte de despesas, no entanto, não faz parte apenas de uma simples redução de gastos. Tem como pano de fundo uma dívida bilionária de R$ 5,4 bilhões.
Somente no primeiro semestre do ano, a emissora carioca acumulou prejuízo de R$ 114 milhões – mesmo com a reestruturação financeira a todo vapor. A crescente dívida tem levantado suspeitas de que a Globo estaria enfrentando uma crise ainda maior do que a que se sabe e, possivelmente, ainda mais difícil de ser paga.
Para se ter uma ideia, a emissora da família Marinho encerrou o ano de 2019 com uma dívida de R$ 3,7 bilhões. No fim do ano seguinte, o débito era de R$ 5,4 bilhões – R$ 1,7 bilhão a mais, em apenas um ano. O crescimento da dívida, em parte, é devido à valorização do dólar e à consequente desvalorização do real.
De acordo com o colunista Jeff Benício, do site Terra, as dívidas vencerão nos anos de 2025, 2027 e 2030.
Ao que tudo indica, a dívida não é paga por “opção” da emissora. No final de 2020, a Globo tinha em caixa R$ 13,6 bilhões, mais do que o dobro do que deve aos credores.
A situação é considerada “confortável”, apesar dos débitos. Analistas avaliam que a queda nos lucros de 2019 a 2020 (de R$ 752,5 milhões para R$ 167,8 milhões) e o recuo no primeiro semestre estão sob controle. A perspectiva também indica um desempenho positivo até o fim de dezembro – fruto das demissões, da redução de investimentos e do aumento nas verbas publicitárias.
Informações Pleno News