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Polícia do Pará apreendeu em 2015 um submarino que estava sendo construído no rio Guarajá-Miri na cidade de Vigia para auxiliar no tráfico de drogas
Polícia do Pará apreendeu em 2015 um submarino que estava sendo construído no rio Guarajá-Miri na cidade de Vigia para auxiliar no tráfico de drogas Imagem: Polícia Civil do Pará

Piratas, milícias e facções disputam o controle de um “labirinto de rios” nos dois maiores estados da Amazônia para vender drogas e armas, em uma rota do rio Solimões (AM) ao Porto de Barcarena (PA).

Rios da Amazônia na rota do crime

O rio Solimões é a principal rota para o escoamento das drogas até o porto de Barcarena, no Pará. As condições geográficas do Amazonas facilitam a ação do narcotráfico pelas águas.

Nos 1.700 km de extensão do Solimões, Comando Vermelho, PCC, piratas e milícias promovem uma disputa em um “labirinto de rios” por drogas e armas. É o equivalente à distância por estrada entre São Paulo e a fronteira entre Brasil e Uruguai.

Os rios Javari, Japurá, Içá, Negro e Envira também têm sido usados para transportar drogas e armamentos até o porto de Barcarena. De lá, as toneladas de drogas seguem para países europeus, africanos e asiáticos, indicam fontes no Ministério Público e na Polícia Civil.

As rotas do Javari e Japurá já são consideradas as mais importantes depois do trajeto pelo Solimões. Grupos brasileiros, peruanos, colombianos atuam nesses rios, indicam fontes na Polícia Civil e no Ministério Público.

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As facções estão sempre tentando buscar rotas alternativas. Aqui os rios não são como o São Francisco, no Nordeste, que já é grande. Eles são ramificados, cheios de igarapés e igapós. Quando a água sobe, aumenta a capacidade de fuga desses grupos criminosos.
Igor Starling, coordenador do Gaeco do MP-AM

O Porto de Barcarena virou alvo de interesse do tráfico de drogas porque corta pela metade a distância para os países da Europa.
Roberto Magno, pesquisador na área de Segurança Pública

Tiros, perseguição e submarino

Vídeos obtidos pelo UOL mostram a rotina de tiros e perseguição de quem combate o crime organizado na Amazônia. Uma das gravações é de um tiroteio à noite entre policiais em uma embarcação de piratas do crime no Amazonas. Em seguida, os agentes aparecem apreendendo drogas e armas dentro do rio. Outros vídeos mostram perseguição em rio e apreensões nas águas.

Em outra ação, a Polícia Civil do Pará apreendeu um submarino de cerca de 20 metros de comprimento que seria usado em uma rota do tráfico internacional de drogas. A embarcação estava sendo construída em um estaleiro no rio Guarajá-Miri em dezembro de 2015.

Bandeira da Colômbia identificou origem de drogas apreendidas em rio do Amazônia, diz polícia paraense
Bandeira da Colômbia identificou origem de drogas apreendidas em rio do Amazônia, diz polícia paraense Imagem: Polícia Civil do Pará

Cores da bandeira da Colômbia nas drogas

A região de Breves (PA), conhecida pelos altos índices de roubo de embarcações e pela rota do tráfico, passou a contar com fiscalização permanente nos últimos quatro anos. A base integrada, que funciona durante as 24 horas do dia, conta com policiais civis, militares e bombeiros.

Os deslocamentos de barco duram até oito horas de Breves a Gurupá, passando por locais geograficamente isolados, o que facilita as ações de piratas. Antes da base das forças de segurança, esses grupos costumavam roubar cargas com equipamentos eletrônicos, passageiros e até alimentos em assaltos com até 12 horas de duração, segundo apontam investigações da Polícia Civil paraense.

Mas nem a atuação permanente das forças de segurança intimida o crime organizado. Em setembro, os agentes apreenderam em uma embarcação no rio Tajapuru, região rural de Breves, 1 tonelada de skunk, como é chamada a supermaconha.

O deslocamento por rio entre a capital paraense Belém e a capital amazonense Manaus é apontado pela Polícia Civil como “estratégico” para o tráfico de drogas. Em alguns casos, as drogas são escondidas em cargas de peixe, açaí ou até entre equipamentos eletrônicos para despistar as fiscalizações.

Em algumas apreensões, havia bandeiras do Peru ou Colômbia em pacotes com drogas, identificando a origem do material entorpecente. O material era escoltado por piratas com fuzis em lanchas rápidas que percorrem labirintos de rios com várias ramificações.
Arthur Braga, delegado da Polícia Civil do Pará

AM: Piratas jogam corpos no rio e escoltam drogas

Armados com fuzis, os piratas da Amazônia usam motos aquáticas potentes para cruzar os rios do Amazonas e Pará, escoltando drogas para facções, indicam a Polícia Civil e do MP. “Normalmente, as embarcações ficam à espreita e abastecidas com armas”, diz o promotor Igor Starling.

Durante confrontos nos rios, é comum que os corpos sejam lançados às águas e levados pela correnteza, dificultando as investigações. Segundo o MP-AM, alguns desses piratas são estrangeiros e acabam batizados por facções brasileiras depois de serem presos, dentro do sistema prisional.

O rio Juruá é um dos mais sinuosos do Amazonas, o que permite mais autonomia aos criminosos. Muitas vezes, os grupos enterram as drogas sob as águas e as armazenam em espaços soldados. Em outras, levam sacos de drogas para dentro da floresta para dificultar a apreensão.

Confrontos envolvendo PCC e milícias

Os maiores confrontos nos rios amazônicos ocorrem entre PCC e Comando Vermelho. A capital amazonense Manaus é o principal alvo da disputa. Também ocorrem confrontos em Coari, Tefé e Itacoatiara em áreas onde há um interesse crescente da facção paulista na disputa pelo controle territorial.

As autoridades investigam a atuação criminosa de milícias formadas por policiais militares e ex-policiais militares. Eles são suspeitos de formar grupos paramilitares para atuar no comércio de drogas e armas.

A corrida pela consolidação das rotas do tráfico no Pará e Amazonas se intensificou após a morte do narcotraficante Jorge Rafaat, fuzilado em uma emboscada em junho de 2016 no Paraguai. Depois disso, os grupos criminosos no Brasil passaram a participar da dinâmica do tráfico internacional de drogas. Com isso, também houve exploração de madeira e garimpo ilegal por parte desses grupos, que ampliaram a atuação criminosa na região.

Informações UOL

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