A recente alta no preço da carne bovina, entre outras carnes, no Centro de Abastecimento de Feira de Santana tem causado preocupação entre consumidores e vendedores. Augusto Vieira, açougueiro há mais de 30 anos no local, confirmou o reajuste à reportagem do Acorda Cidade, na manhã desta quarta-feira (6).
Segundo o vendedor, o preço da arroba do boi passou de R$ 200 para uma média de R$ 300 a R$ 310 em cerca de 40 dias, afetando diretamente o preço final para o consumidor. “Há um mês, vendíamos a carne de primeira a R$ 30 o quilo. Agora, estamos vendendo a R$ 40. Carne de primeira é aquela carne bastante conhecida que se chama alcatra, contrafilé, chã de dentro”, detalha.
Cortes de carne de segunda, como o cruz machado e o acém sem osso, estão a R$ 28 o quilo, enquanto o cupim está custando R$ 40 e a picanha atingiu R$ 50 o quilo. Apesar do preço elevado, ele garante que a demanda continua. “O povo nunca deixa de comprar. Quem comprava dois quilos, agora compra um quilo, mas não deixa de fazer o churrasco”.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Em outras épocas, o açougueiro afirma que vendia um boi inteiro por dia, mas nos tempos de hoje, a concorrência e o mercado não permitem mais essa saída do produto. Augusto diz que o Centro de Abastecimento tem movimento todos os dias e considera o local “o melhor lugar da cidade para se comprar carne”.
“Aqui tem uma vantagem: o povo tem o direito de pechinchar. Às vezes, vai comprar 20 a 30 kg, não compra pelo preço de tabela, pede para fazer menos, fazemos o acordo e dá tudo certo”, orienta.
A adaptação aos métodos de pagamento também reflete as mudanças no setor. Augusto comenta que o uso de cheque foi abandonado, com os clientes preferindo pagar por Pix e cartão. “Vendemos no cartão e Pix. É uma renovação que a gente não pode deixar para trás. A gente quer acompanhar a evolução do tempo. Só deixamos de receber mais cheque”, pontua.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade