No cenário político brasileiro, a recente nomeação de Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos e Cidadania tem gerado debates acalorados. O deputado Leonardo Siqueira (Novo-SP) protocolou uma ação na Justiça para contestar a indicação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra responde a um processo judicial que levanta questões sérias sobre sua idoneidade para ocupar o cargo.
Paralelamente, o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) encaminhou indagações ao Ministério dos Direitos Humanos, solicitando esclarecimentos sobre a nova ministra. Ambos os deputados defendem que a ocupação do cargo de ministra por Evaristo, enquanto há processos de improbidade administrativa não esclarecidos, é inaceitável.
Leonardo Siqueira subiu o tom ao entrar na Justiça para anular a nomeação de Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos e Cidadania. Em sua ação, protocolada no dia 11 de setembro de 2024, o deputado alega que a indicação fere princípios constitucionais fundamentais, como moralidade, impessoalidade e probidade administrativa.
Siqueira destacou que Macaé Evaristo responde a uma acusação de superfaturamento na compra de uniformes escolares em 2011, quando era secretária de Educação de Belo Horizonte. Esse processo, que tramita na Justiça de Minas Gerais, envolve um prejuízo estimado em R$ 6,5 milhões devido a práticas administrativas irregulares.
A questão da improbidade administrativa e seu impacto nas nomeações de cargos públicos são temas sempre delicados. Quando figuras públicas nomeadas para cargos de destaque estão envolvidas em processos desse tipo, a confiança da população nas instituições é posta à prova. No caso de Macaé Evaristo, o debate se torna ainda mais relevante por se tratar de um cargo ligado diretamente à promoção dos direitos humanos e cidadania.
A ação de Leonardo Siqueira, protocolada na Justiça Federal de São Paulo, busca justamente preservar a integridade e confiabilidade do serviço público, exigindo que apenas pessoas com um passado administrativo irrepreensível assumam tais responsabilidades.
Guto Zacarias também chamou atenção ao protocolar um pedido de informações ao Ministério dos Direitos Humanos. Ele requisitou detalhes sobre o andamento dos processos de improbidade administrativa e inquéritos civis que envolvem Macaé Evaristo. Para Zacarias, a posse de uma ministra com pendências judiciais representa um risco para a moralidade pública.
“Não podemos aceitar que a Esplanada dos Ministérios tenha uma liderança cuja reputação é duvidosa antes mesmo de assumir o cargo”, declarou Zacarias. “O Brasil não aguenta mais escândalos do governo federal.”
As acusações contra Macaé Evaristo remontam a 2011, quando era secretária de Educação em Belo Horizonte. Naquele ano, a aquisição de kits de uniformes escolares teria sido realizada a preços inflacionados, gerando um prejuízo de R$ 6,5 milhões ao estado, conforme estimativas do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Essas irregularidades foram identificadas durante a gestão do então prefeito Márcio Lacerda. O processo ainda está em curso, mas suscita questionamentos sobre a lisura da nomeação de Evaristo para um cargo tão crucial no governo federal.
Informações TBN