A coluna do Estadão informa nesta segunda-feira, 22, que o governo federal espera concluir até abril a divisão da Companhia de Docas do Rio Grande do Norte (Codern).
Hoje, a Codern é responsável pela administração de portos potiguares e de Alagoas. A ideia do presidente Lula é criar uma estatal específica para os portos alagoanos. Essa nova estrutura está sendo gestada a partir de tratativas dos ministérios dos Portos e Aeroportos e da Gestão e Inovação.
Segundo o Estadão, “é dado como certo que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicará a diretoria” dessa nova estrutura em Alagoas.
“A separação das docas do Rio Grande do Norte e de Alagoas dependerá de aprovação no Congresso. Uma das ações da Codern em execução em Alagoas é a obra de adequação de instalações gerais e de suprimentos no Porto de Maceió”, acrescenta a coluna do Estadão.
Segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual, a Codern tem orçamento anual de R$ 50 milhões. Pode não parecer muito, mas com uma estatal em mãos no Estado, Lira e seu grupo político teriam condições plenas de ampliar o seu poder na região. Detalhe: eles podem conseguir algo que nem o senador Renan Calheiros (MDB) – por mais que ele tenha se colocado à disposição do governo Lula – conseguiu.
Ao longo do governo Lula, Lira – que foi um grande defensor do governo Jair Bolsonaro – vem ganhando espaço junto ao Palácio do Planalto. Em um ano, ele entregou aquilo que prometeu ao governo Lula: reforma tributária, arcabouço fiscal, entre outras medidas.
Mas tudo tem um preço.
Depois da volta da refinaria de Abreu e Lima, vem aí uma nova “Codevasf”, a ser comandada pela turma de Arthur Lira, o superprotegido de Gilmar Mendes, que já ordenou até destruição de áudios no ex-inquérito sobre kits-robótica. O Brasil é mesmo promissor.
O Antagonista