(Imagem: NASA)
Em Marte, você não pode julgar um “livro de pedra” pela capa. É que o rover Curiosity, da NASA, encontrou um enquanto perambulava pelo planeta vermelho, durante o 3.800º dia marciano da sua missão de longa duração.
Assim como bibliotecários, geólogos precisam ler cuidadosamente pistas ao redor desse “livro”. A estranha forma das rochas de Marte – como esta encontrada pelo Curiosity – geralmente se deve ao gotejamento de água na área há bilhões de anos, quando o planeta vermelho era muito mais úmido. É o que explicaram funcionários da NASA.
Agora, o planeta está muito mais seco e castigado por ventos. “Depois de eras sendo sopradas pelo vento, a rocha mais ‘macia’ é esculpida e materiais mais duros são tudo o que resta”, disseram funcionários do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA, localizado no sul da Califórnia (EUA). É esse laboratório que gerencia a missão do Curiosity.
O Curiosity tem explorado a Cratera Gale de Marte desde agosto de 2012. Suas voltas por lá levaram a resultados importantes, publicados em artigos científicos. Entre eles, estão: descoberta de água líquida num “Marte ancestral”, evidências de vida antiga (por meio de matéria orgânica) e exames de radiação na superfície, de acordo com o JPL.
Uma missão sucessora, Perseverance, está trabalhando na área da Cratera Jezero do planeta vermelhando. Tudo que encontra fica armazenado em tubos de amostras, que serão analisados quando retornar à Terra.
Espera-se que essa devolução de amostras aumente no final da década de 2020. Isso porque devem rolar lançamentos de um conjunto de espaçonaves de retransmissão e alguns mini-helicópteros.
Embora se acredite que a escrita tenha se originado na antiga Suméria (perto do atual Golfo Pérsico) há cerca de 5,4 mil anos, de acordo com o Museu J. Paul Getty, as formas pelas quais humanos registram informações são diversas.
Um estudo de 2023 sugere que “pontos” de uma pintura rupestre podem ser uma forma de escrita de 20 mil anos atrás, embora conclusão seja controversa. E formas mais modernas de escrita foram colocadas em paredes de pedra, tabuletas de argila ou pergaminhos, para citar vários tipos de formatos de leitura.
O que muitas pessoas agora chamam de “livros” originou-se de códices, primeiro como tábuas de cera e depois como pergaminho nas áreas do Mediterrâneo e da Mesopotâmia, de acordo com a Biblioteca Britânica. Datar é complicado, mas formato parece ser bastante prevalente pelo menos na época greco-romana – se não antes.
Créditos: Olhar Digital/Com informações da NASA.