ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Feira de Santana

Galeguinho cobra ações contra surto de esporotricose em Feira de Santana

O vereador Flavio Arruda (Galeguinho SPA/ UB), utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, nesta semana, para...
Read More
Política Internacional

Elon Musk diz que EUA financiaram eleição de Lula contra Bolsonaro

Sem evidências e em tom conspiracionista, declaração de bilionário e assessor do governo Trump foi feita na rede social X...
Read More
Mundo

Menos ativista, Disney abandona políticas ‘woke’ e diz que vai focar em resultados de negócios

A Disney anunciou uma reestruturação significativa em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão, frequentemente referidas como DEI ou ‘woke’. Essa mudança faz...
Read More
Brasil

Mega-Sena: Caixa sorteia prêmio de R$ 53 milhões nesta quinta

Concurso 2.828 acontece a partir das 20h e vai ter transmissão ao vivo Próximo sorteio da Mega-Sena acontece nesta quinta-feira,...
Read More
Brasil

TCU indica superfaturamento de R$ 12 milhões em contrato da Petrobras

Acórdão do Tribunal de Contas da União foi publicado na última quarta-feira, 12 Petrobras O Tribunal de Contas da União...
Read More
Política

Contrário à anistia, Jaques Wagner diz ser ‘pertinente’ redução de penas

Líder do governo Lula no Senado ainda afirma que o cenário eleitoral de 2026 'não muda muito' caso Bolsonaro seja...
Read More
Política

Pablo Marçal descarta ser vice de Gusttavo Lima: ‘Sou cabeça de chapa’

A dupla foi sugerida pelo presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche Além do PRTB, partidos como União Brasil, PL e...
Read More
Brasil

Lula cancela compra de blindados de empresa israelense

Essa posição mudará apenas quando ocorrer um acordo de paz entre Israel e o grupo terrorista Hamas O governo Lula...
Read More
Esportes

Com Ba-Vi em maio, CBF divulga tabela básica do Brasileirão; confira as 10 primeiras rodadas

A Brasileirão tem início previsto para o dia 29 de março, um sábado Foto: Reprodução A CBF (Confederação Brasileira de...
Read More
Famosos

Liam Payne teria exigido aborto de Maya Henry enquanto ocultava sua sexualidade

Ela teria descoberto que o cantor enviava mensagens com conteúdo sexual para outros homens Foto: Reprodução/Redes Sociais (@liampayne) Uma nova...
Read More
{"dots":"false","arrows":"true","autoplay":"true","autoplay_interval":3000,"speed":600,"loop":"true","design":"design-2"}

Guerra da Ucrânia completou oito meses e não há sinais de que irá se encerrar. 2023 será ano de retração global - GLEB GARANICH/REUTERS
Guerra da Ucrânia completou oito meses e não há sinais de que irá se encerrar. 2023 será ano de retração global Imagem: GLEB GARANICH/REUTERS

Nos seus oito meses, a guerra na Ucrânia revelou, de forma surpreendente, uma maior resiliência do Brasil e outros emergentes ao enfrentar crises financeiras globais. O dado é positivo, mas, segundo especialistas, a guerra irá se prolongar, e o maior desafio financeiro ainda está por vir, em 2023: com a retirada de estímulos, inflação alta e baixo crescimento mundial. Para conseguir sobreviver a esse período, o Brasil não poderá errar em um ponto de consenso entre economistas: a política fiscal.

Além do caminho que deve percorrer, do equilíbrio das contas públicas, eu mapeei oportunidades que o conflito poderá trazer para o Brasil. Conversei com dois economistas que acompanham os impactos da guerra, e perguntei se o conflito, apesar de todos os problemas, poderia abrir novos mercados. A resposta foi que as oportunidades até agora foram, e tendem a continuar, tímidas.

“O custo da guerra é muito alto, porque impacta em desaceleração econômica e inflação. A partir de 2023, isso vai cobrar um custo maior, porque os juros estão subindo, a inflação está muito preocupante, nos EUA não sai do patamar de 8%, e a China tem problema de energia e de desaceleração de crescimento. O Brasil não pode se beneficiar da exportação de petróleo, por exemplo, porque não tem capacidade de refino, exporta óleo, mas tem que importar gasolina e diesel. O Brasil só tem oportunidade de exportar mais alimentos e commodities, mas isso só em 2024, em função da retração econômica global no ano que vem”, diz Simão Silber, professor da FEA-USP.

Para Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV, diante do cenário de incertezas globais, o Brasil pode ser beneficiado se for considerado um porto seguro para investimentos.

“O conflito na Ucrânia adicionou incertezas e isso não é bom para ninguém. O debate agora é sobre o crescimento global no ano que vem. O crescimento deve perder força, e queremos saber o quão intensa vai ser essa desaceleração. Isso nos traz um custo. Mas também traz uma oportunidade por esse choque acontecer em um momento em que o Brasil aprendeu sobre ele mesmo, mostrando que talvez sejamos mais estáveis, o que acaba atraindo fluxos comerciais e de capitais”.

Para o analista, os mercados financeiros locais têm mostrado um certo descolamento do que ocorre nos mercados internacionais, algo que não havia acontecido em outras crises financeiras globais, na década de 80/90, quando o banco central americano aumentou os juros em proporção menor do que de agora, e após a crise de 2008.

“O Brasil pode ter um cenário mais estabilizado do que se imaginava. Isso é uma surpresa. Especialmente em ano eleitoral. O Brasil é um dos poucos países que tem feito reformas importantes desde 2016, o que qualitativamente ajuda a tornar o país mais resiliente. Há muitos choques externos, mas essas reformas aparentemente ajudam a amortecer esses choques. Essa é uma explicação que faz sentido. O Brasil parece ter tornado a sua economia mais resistente a choques”.

Os economistas concordam que o grande desafio do Brasil para 2023, e o ponto em que não se pode errar, é a gestão das contas públicas.

“Não podemos errar na política fiscal no ano que vem. Não há espaço para loucura, porque o mercado cobra muito rápido: os investimentos saem, o real se desvaloriza e coloca mais lenha na fogueira da inflação. O grande nó da República é o orçamento. Há muitas desonerações hoje, então é preciso aumentar receita e não apenas controlar o gasto. Qualquer que seja o presidente há esse grande desafio, e vejo com uma saída um programa de privatizações e concessões robusto, que ainda não aconteceu”, diz Silber.

Para Padovani, o país não pode adicionar incertezas locais a um cenário global tão complexo.

“O Brasil tem milhões de desafios, mas no curto prazo o maior é a gestão das contas públicas. Primeiro porque nossa dívida pública é alta, e cara, pelos juros elevados. Depois de vários anos de ajuste fiscal há demandas por reajuste de servidor, demandas sociais, e o governo vai enfrentar esse desafio. Mas essa demanda acontecendo em momento de menor crescimento, você vai ter menos arrecadação. Esse gap pode ser coberto por impostos, o que é menos provável, até porque estamos abrindo mão de arrecadação, e sem impostos, o caminho natural para cumprir a diferença de receita e despesa é dívida. Há portanto a possibilidade de se aumentar a dívida. Esse tema é crucial porque se a gente esquecer das restrições, se perdermos o medo de ter dívida, isso pode assustar investidores no Brasil e no mundo. Quando você tem restrições de crédito no mundo, aumentar a dívida é muito arriscado. Meu principal receio é a gestão das contas públicas num contexto global complicado.”

Informações UOL

Comente pelo facebook:
Comente pelo Blog:

  1. Busca pelo dinheiro será grande, povo alerta é necessário se o recurso é pouco, que não haja desvio