O governo da Colômbia anunciou a saída do acordo em torno da Declaração do Consenso de Genebra, documento contrário ao aborto e em defesa da “família tradicional”, criado por iniciativa do ex-secretário de Estado americano Mike Pompeo. O comunicado foi publicado na noite da segunda-feira 22 pela chancelaria colombiana.
O movimento nasceu em 2020 e conta com o apoio de pelo menos 30 países, entre eles o Brasil, graças à adesão do governo de Jair Bolsonaro (PL). A mobilização foi abandonada pelos Estados Unidos quando Joe Biden chegou ao poder, mas ainda tem o apoio de nações governadas por líderes autoritários, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
A Colômbia era signatária durante o governo do direitista Iván Duque, mas deixa a organização após a vitória eleitoral do esquerdista Gustavo Petro.
No comunicado endereçado ao Brasil, novo líder do grupo, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia disse que o governo do país “reconhece, respeita e protege os direitos sexuais e reprodutivos e a saúde sexual e reprodutiva das mulheres e das meninas”.
Também trata o aborto legal e seguro como um “direito” e “parte integral e indivisível da saúde da mulher”.
O governo colombiano ainda diz que “respeita que, em diferentes sistemas culturais, sociais e políticos, existam diversas formas de família”. Por fim, declara que “a Colômbia seguirá comprometida com a promoção e a satisfação das necessidades da saúde da mulher”.
Informações Carta Capital