Alvo de críticas por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, as pesquisas de intenções de voto têm mostrado resultados contraditórios nos últimos dias, servindo de combustível para questionamentos de alguns grupos sobre a eficácia desse tipo de levantamento. Ao passo que o primeiro turno das eleições gerais vão se aproximando – faltam 23 dias – , dois dos principais institutos, Genial/Quaest e Ipec (ex-Ibope), divergiram em quase 20 pontos percentuais num período de 72 horas.
A diferença entre os principais postulantes ao Palácio do Planalto chamou atenção no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Em levantamento do Ipec, divulgado na segunda-feira (5), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecia na liderança, com 44%, ante 28% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Isto é, uma vantagem de 16 pontos percentuais a favor do petista.
Na quarta-feira (7), ou seja, dois dias depois, a estimativa do Genial/Quaest apontou um empate técnico, mas com o candidato à reeleição numericamente na frente, com 37%, frente a 36% do petista. Os dois resultados fazem parte do cenário estimulado, em que o entrevistador apresenta uma lista de candidatos ao eleitor, e se contrapõem em 17 pontos.
Ipec e Genial/Quaest utilizam metodologia semelhante, com entrevistas presenciais. Outra semelhança entre ambos foi o período quase igual em que foram a campo. Encomendada pela Globo, a pesquisa Ipec realizou a sondagem de 3 a 5 de setembro. A Genial/Quaest, de 2 a 5 de setembro. Ambas foram realizadas, portanto, antes dos atos pela Independência, no dia 7.
O QUE EXPLICA?
Procurado pelo site Metrópoles, o instituto de pesquisa Quaest enviou uma declaração sobre a metodologia utilizada nas pesquisas. No documento, a empresa frisa que “diferentes institutos têm diferentes metodologias. Cada uma das maneiras de coleta tem vantagens e desvantagens”.
Já o Ipec informou, por meio de nota, “que isso ocorre em função da metodologia aplicada, do período de campo e também do questionário adotado”.
*Pleno.News