A Prefeitura de Nova York, nos Estados Unidos, decidiu expandir um toque de recolher noturno que foi criado no mês passado. A medida é direcionada a abrigos que recebem imigrantes ilegais. As restrições foram implementadas depois dos recentes atentados a tiros envolvendo estrangeiros.
O toque de recolher imposto pelo prefeito democrata Eric Adams funciona das 23h às 6h e atinge cerca de 3,6 mil imigrantes. Os estrangeiros estão em mais de uma dúzia de locais de emergência de Preservação e Desenvolvimento Habitacional nos distritos de Manhattan, Queens, Brooklyn e Bronx. A informação foi dada pela porta-voz da prefeitura, Kayla Mamelak Altus.
Em comunicado, a administração municipal de Nova York afirmou que a cidade lidera o país na gestão da “crise humanitária nacional” que os EUA vem enfrentando nos últimos anos. Segundo a prefeitura, as autoridades buscam priorizar a saúde e segurança tanto dos nova-iorquinos quanto dos imigrantes que buscam asilo na cidade.
No mês passado, um grupo de imigrantes ilegais atacou dois policiais na Times Square, um dos locais mais famosos da cidade norte-americana. Um vídeo publicado no Twitter/X mostra a ação criminosa, na qual os detidos chutam a dupla de policiais.
Sete acusados de envolvimento no ataque foram indiciados. Cinco foram efetivamente presos. No entanto, devido às leis locais, a maioria foi libertada sem fiança, segundo o portal National Review.
Na sexta-feira 9, um adolescente venezuelano de 15 anos foi preso após abrir fogo dentro de uma loja de artigos esportivos. A motivação do crime seria a confrontação do segurança do estabelecimento por uma tentativa de furto do infrator. O episódio deixou uma turista brasileira ferida.
O detido chegou a Nova York em 2023. Ele estava hospedado em um abrigo para imigrantes em Manhattan.
Desde 2022, mais de 150 mil imigrantes ilegais chegaram a Nova York em busca de asilo depois de cruzarem a fronteira dos EUA com o México. Mais de 67 mil estão no sistema de abrigo da cidade.
O prefeito de Nova York, Eric Adams, vem demonstrado preocupação com o aumento da população em situação de rua na cidade.
Em uma entrevista recente para o site Fox Nation, Adams afirmou que os corações dos cidadãos nova-iorquinos são “infinitos”, mas que os recursos da cidade não são. Ele também disse que, apesar de Nova York ser historicamente uma cidade composta por imigrantes, o município não tem capacidade de assumir a responsabilidade por um problema nacional.
Segundo a prefeitura, não há mais espaço na cidade. Caso continuem chegando, imigrantes terão de dormir nas ruas.
Nova York se encaixa num grupo de cidades nomeadas como “santuários de imigrantes”. Essas cidades permitem que imigrantes possam obter certos direitos como circular, trabalhar e abrir uma conta no banco sem a necessidade de comprovar residência.
A política das cidades santuário é controversa nos EUA e é apontada por alguns como um dos principais fatores para a atual crise imigratória.
Informações Revista Oeste