O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou o pastor e professor universitário Milton Ribeiro para comandar o MEC (Ministério da Educação).
O anúncio foi feito em uma rede social. Em seguida, a decisão foi publicada no Diário Oficial da União, em edição extra.
Ribeiro é ex-vice-reitor do Mackenzie, em São Paulo. Ele também é pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, de Santos, litoral de São Paulo.
Milton Ribeiro será o quarto ministro da Educação em pouco mais de um ano e meio de governo.
Ribeiro teve seu nome levado ao presidente, de acordo com fontes envolvidas no processo, pelo ministro Jorge Oliveira (Secretaria-Geral). O apoio do ministro da Justiça, André Mendonça, que é pastor presbiteriano, foi crucial para a escolha. O convite final a Ribeiro ocorreu na tarde desta sexta-feira, pouco antes do anúncio oficial.
Ribeiro era o nome de São Paulo citado por Bolsonaro em entrevista recente como possível ministro. O presidente sondou evangélicos, incluindo Ribeiro, após pressão do grupo sobre o cargo.
O pastor conta com a simpatia de parlamentares evangélicos de São Paulo, que haviam manifestado o apoio ao nome do professor a Bolsonaro. Aliados do presidente falaram sobre a escolha.
O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), líder da da frente evangélica, elogiou a escolha.
Ribeiro é membro do Conselho Deliberativo do instituto Presbiteriano Mackenzie, entidade mantenedora da universidade Mackenzie. Ele atuou como vice-reitor da instituição durante três anos, entre 2000 e 2003, período em que ocupou outros cargos burocráticos. Ele diz ter sido responsável por 38 cursos de especialização e cinco cursos de extensão.
Sua atuação acadêmica mantém ligação estreita com a religião. No mestrado, pesquisou liberdade religiosa e no doutorado, finalizado em 2006, o calvinismo no Brasil e a relação com a educação.
Também aparecem no currículo duas especializações sobre o Velho Testamento.
*Com Folhapress