O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) citou uma suposta milícia digital da primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, e criticou a “máquina lulopetista trituradora”. Ele deu a declaração em um artigo, publicado em seu perfil do Twitter/X, na tarde deste domingo, 19.
No texto, Ciro Gomes comentou a atuação do governo Luiz Inácio Lula da Silva na tragédia que atinge o Rio Grande do Sul. O Estado sofre com severas enchentes, que deixaram mais de 150 mortos. Para o político, a administração federal erra ao concentrar seus esforços em combates a supostas fake news, em vez de atuar na reestruturação do Estado gaúcho.
“Vamos trabalhar, pessoal”, disse Ciro Gomes. “O povo não é assim bobo, como vocês pensam. Pior para vocês. O povo já está percebendo que a disputa mesquinha de imagem política parece ocupá-los mais do que o próprio serviço. A propósito, crítica política não pode ser confundida, jamais, com fake news.”
As críticas do pedetista ocorrem depois que o ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, foi desmentido por uma pesquisadora da Universidade de São Paulo. A profissional acabou demitida depois da polêmica com Paulo Pimenta.
“O ministro, em meio à tragédia popular, encontrou tempo e motivação para mencionar tal estudo”, escreveu Ciro Gomes. “Fazendo — nenhuma novidade para mim — uma interpretação fraudulenta deste trabalho.”
Paulo Pimenta afirmou que um estudo teria mostrado crescimento de 31% nas fake newscontra o governo Lula, depois que a tragédia atingiu o Rio Grande do Sul. Porém, a pesquisadora Michelle Prado desmentiu o ministro. Ela explicou que os 31% são menções críticas ao governo e que o estudo não avaliou se os comentários eram verdadeiros ou falsos.
“Foi o bastante para esta poderosa máquina lulopetista trituradora — hoje aparentemente sob forte influência direta da primeira-dama, Janja, como é voz corrente no ‘mercado’ digital — cair para matar na professora”, disse o ex-presidenciável Ciro Gomes. “A ponto de ela ter declarado que os petistas só pararão ‘quando eu me matar’, segundo colhi numa coluna de Paulo Capelli, no Metrópoles.”
Informações Revista Oeste