No Senado, Campos Neto citou um incômodo do BC com o sistema atual de financiamento por cartão de crédito, que permite aos correntistas parcelar compras em até 13 parcelas sem juros.
Máquina de cartão — Foto: Divulgação
Em audiência no Senado na última quinta-feira (10), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu declarações sobre um assunto que pode ter grande impacto para o consumidor brasileiro: o parcelamento sem juros no cartão de crédito, mecanismo oferecido, mais comumente, por grandes varejistas nacionais.
Campos Neto citou um incômodo do BC com o sistema atual de financiamento por cartão de crédito, que permite aos correntistas parcelar compras em até 13 parcelas sem juros.
Segundo ele, o BC estuda em criar algum tipo de “tarifa” para desincentivar a compra desenfreada no crédito em uma quantidade muito grande de parcelas – o que, com frequência, leva o comprador a perder o controle da própria fatura.
Entenda o que Campos Neto disse e contexto das declarações:
“Não é proibir o parcelamento sem juros. É simplesmente tentar que fique um pouco mais disciplinado. Não vai afetar o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil”, explicou Campos Neto.
De acordo com a Agência Brasil, ele afirmou: “A gente tem um parcelado sem juros, que ajuda muito o comércio, que ajuda muito a atividade, mas que tem aumentado muito o número de parcelas, de três para cinco, para sete, para nove, para 11. Hoje, o prazo médio são 13 parcelas”.
“Então, é como se fizessem um financiamento de longo prazo sem juros. A pessoa que toma a decisão de dar os juros não é a mesma que paga pelo risco. Isso gera uma assimetria.”
Não. As declarações são recentes e foram dadas no Senado, onde Campos Neto esteve para apresentação do Relatório de Inflação e do Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central. A ideia defendida pelo presidente da instituição, entretanto, ainda não foi formalizada.
Campos Neto disse que uma proposta do Banco Central para o cartão de crédito rotativo deve ser apresentada nas próximas semanas. Segundo ele, há um projeto de lei ligado ao Desenrola, que está refinanciando dívidas de inadimplentes, que tem um prazo de até 90 dias para ser apresentado.
Em uma loja que divide em 12 vezes sem juros, um item de R$ 600 pode ser adquirido em parcelas mínimas de R$ 50.
A prática afeta também o limite do cartão. Se for de R$ 4 mil, por exemplo, seria reduzido para R$ 3,4 mil após uma compra de R$ 600.
O valor total será restabelecido gradativamente, conforme o consumidor for pagando as faturas do cartão.
Quando o cliente não paga a fatura do cartão na totalidade, o restante entra na modalidade conhecida como crédito rotativo do cartão de crédito.
Se a fatura total é de R$ 5 mil, por exemplo, mas o consumidor paga R$ 4 mil, os juros vão incidir sobre R$ 1 mil.
Em junho, os juros sobre o rotativo chegaram a 440%. Segundo o Banco Central, esse patamar equivale a uma taxa de juros de 15% ao mês.
Inadimplência do cartão de crédito parcelado bate recorde
Veja, abaixo, o que disseram sobre o assunto a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) e a Associação Brasileira de Internet (Abranet). Procurada pelo g1, a Associação Brasileira de Varejo (ABV) não havia retornado até a última atualização desta reportagem.
“A Febraban afirma que não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito. A entidade participa de grupos multidisciplinares que analisam as causas dos juros praticados e alternativas para um redesenho do rotativo, de um lado, e, de outro, o aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras. Portanto, nenhum dos modelos em discussão pressupõe uma ruptura do produto e de como ele se financia.
Defendemos que o cartão de crédito deve ser mantido como relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias. Isso porque estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito. Para tanto, é necessário debater a grande distorção que só no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros.
Os estudos da Febraban mostram, ainda, que o prazo de financiamento impacta diretamente no custo de capital e no risco de crédito, e a inadimplência das compras parceladas em longo prazo é bem maior do que na modalidade à vista, cerca de 2 vezes na média da carteira e 3 vezes para o público de baixa renda.
A Febraban continuará perseguindo uma solução construtiva que passe por uma transição gradual, para que se alcance a convergência que, ao mesmo tempo, beneficie os consumidores e garanta a viabilidade do produto para os elos que atuam na indústria do cartão de crédito, como bandeiras, bancos emissores, adquirentes (maquininhas), lojistas e consumidores”.
Proteste, via Henrique Lian, diretor de relações institucionais e mídia:
“A extinção da modalidade do rotativo do cartão de crédito, cujos juros podem chegar a 440% ao ano, é esperada (ao menos desde a limitação ao prazo máximo de um mês, ocorrida em 2017) e muito bem-vinda, especialmente se o BACEN entende que ela contribui para a melhoria das condições gerais de juros no país. Já a possível extinção dos parcelamentos sem juros, ou à criação de algum tipo de tarifa para desincentivá-lo, parece vir como um indesejado “tradeoff”. Trata-se de uma medida que não corresponde ao conceito de eficiência de mercado, pois piora significativamente a situação de dois agentes importantes: os próprios consumidores, que deixam de dispor dessa modalidade que, na prática, substituiu o clássico “crediário”, e prejudica também o varejo, que conta com essa modalidade, lembrando que as compras no cartão de crédito representam 40% do consumo no Brasil”.
“Como Abranet, cujas empresas associadas, juntas, têm mais de 70 milhões de clientes de serviços financeiros (como conta digital, cartões de crédito, débito e etc.), empresas de maquininha de cartão e que são, em sua maioria, novos entrantes e desafiantes no mercado financeiro, nos causa consternação, estranheza e preocupação, que uma decisão tão importante e impactante para todo o mercado, esteja sendo discutida com apenas uma das partes envolvidas. Prejudicar o modelo de compras parceladas em cartão de crédito no Brasil, que é responsável por 50% do volume de tudo que é transacionando em cartões de crédito, reduzirá drasticamente o consumo e impactará todo o varejo, os lojistas de todos os portes, principalmente os pequenos, as empresas de maquininha de cartão e todo o ecossistema que funciona ao redor desse mercado. É inaceitável que uma solução sobre um assunto desta magnitude e importância esteja sendo discutida de maneira unilateral, pelos grandes bancos que historicamente têm os maiores lucros do país e o maior retorno sobre o capital dos bancos do mundo.
Quando os juros de cartão de crédito, que estão na casa de 440% ao ano, são questionados, os bancos argumentam sobre o parcelado sem juros. Na visão das nossas associadas, estes assuntos não têm relação, e apontam que a inadimplência de quem compra parcelado é menor do que quem compra à vista. Tanto é, que elas oferecem parcelado sem juros, com opção de parcelar em 18 vezes, não apenas 12 vezes como é praxe do mercado.
E se algum banco concluiu que não vale a pena oferecer mais de quatro parcelas sem juros (como cita a matéria), que este banco comunique seus clientes e deixe o livre mercado atuar. Seguramente haverá outros bancos prontos para oferecer cartão com compras parceladas em 12, 18 vezes e receberão estes clientes de braços abertos.
A solução para os altos juros está dentro dos próprios bancos, que nos últimos anos parece que foram mais agressivos do que deveriam na concessão de crédito e que tem políticas como isenção de anuidade combinada com benefícios (milhas, salas vip); e todo este custo precisa ser coberto através dos juros cobrados do rotativo. É o cenário já conhecido da baixa renda subsidiando o benefício da alta renda.
E é ainda mais curioso que, nessa discussão sobre os altos juros, não se faça um único movimento no sentido de gerar ambiente que aumente a competição. Sem prejuízo de alterar a regra do rotativo agora, para reduzir os juros no curto prazo, o que realmente fará estes juros caírem será o aumento da competição. Iniciativas como portabilidade de dívida de cartão, assim como existe nos EUA, onde o cliente consegue facilmente transferir sua dívida de um banco para outra instituição financeira que ofereça melhores condições serão muito eficientes.
Finalmente, alertamos aos outros setores da economia que dependem do parcelado, para que reivindiquem seu espaço na discussão de um tema tão relevante. Não podemos aceitar o fim das compras parceladas sem juros, que são uma conquista da sociedade brasileira e sucesso há 30 anos, por uma decisão unilateral para atender interesses do setor econômico que menos precisa”.
Informações G1
Em meio a preocupações com um possível desabastecimento de combustível, motivado pela adoção de uma política de preços pouco transparente, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou hoje que a estatal está selecionando 47 projetos para a reedição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O programa, que teve seu início em 2005, sob os cuidados de Dilma Rousseff, que assumira o lugar de José Dirceu na Casa Civil — afastado por denúncias sobre o mensalão —, foi relançado nesta sexta-feira pelo presidente Lula. Na ocasião, Prates afirmou que o investimento total da petroleira deve ultrapassar R$ 300 bilhões.
A ideia é uma reedição da política desastrosa adotada pela “mãe do PAC” quando ocupava a Presidência da República. Naqueles anos, a petroleira nacional se tornou a empresa mais endividada do mundo e passou a registrar prejuízo.
Coincidentemente, o plano atual envolve investimentos em refinarias: com ampliação de capacidade de Abreu e Lima e melhorias para RNEST, Paulínia (Repla) e Alberto Pasqualini (Refap). Também renascem os investimentos em estaleiros para a construção de 25 navios, segundo Prates. O setor estava desaquecido desde que a Lava Jato encontrou desvios de recursos e pagamentos de propinas entre políticos e diretores da estatal.
A novidade fica por conta dos gastos voltados à exploração de nove poços na Margem Equatorial, região que está no centro de uma disputa interna no governo porque envolve a perfuração exploratória na foz do rio Amazonas.
A notícia foi mal recebida pelos investidores. As ações da empresa que chegaram a apresentar alta de cerca 1,7% na máxima do dia, inverteram o sentido e passaram a ser negociadas em queda de quase 1% nas horas seguintes. O Ibovespa seguiu a estatal e saiu de uma alta de 0, 58% para uma queda de 0,71%.
Talvez tenha sido o cheiro de um derivado de petróleo específico: a naftalina.
Informações TBN
País passa a ter uma inflação acumulada de 3,99% na janela de 12 meses. No ano, acumula alta de 2,99%.
Gasolina teve destaque de alta, com ganho de 4,75% no mês, além de contribuição de 0,23 p.p. no IPCA. — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, foi a 0,12% em julho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação brasileira vinha desacelerando desde fevereiro, com o indicador em deflação de 0,08% em junho. Em julho de 2022, o IPCA também teve deflação de 0,68%.
Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 3,99% na janela de 12 meses.No ano, acumula alta de 2,99%.
Cinco dos nove grupos do IPCA tiveram alta em julho. O principal grupo que puxou os preços no mês foi Transportes, com alta de 1,5% e impacto de 0,31 ponto percentual no índice total.
Dentro do grupo, a gasolina teve destaque de alta, com ganho de 4,75% no mês, além de contribuição de 0,23 p.p. no IPCA. (saiba mais abaixo)
Informações G1
Mecanismo cobraria tarifa extra para desincentivar uso, diz Campos Neto; juro ficaria em cerca de 9% ao mês. Hoje, crédito rotativo cobra 15% de juros mensais, patamar único no mundo.
‘Não ter juros rotativo no cartão é uma boa saída’, diz Dario Durigan
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (10) que a instituição avalia alternativas para reduzir a inadimplência nas operações com cartão de crédito rotativo – que ocorre quando o cliente não paga o valor total da fatura e joga a dívida para o mês seguinte.
Segundo dados do próprio BC, a inadimplência do crédito atinge cerca de 50% das operações – um índice sem precedentes em outros países.
Nesta quinta, Campos Neto afirmou que uma alternativa seria extinguir o rotativo do cartão, acionado automaticamente sobre o saldo devedor.
Os juros desse tipo de crédito são considerados abusivos por especialistas – em junho, chegaram a 440% ao ano, a maior taxa do mercado financeiro. Segundo o Banco Central, esse patamar equivale a uma taxa de juros de 15% ao mês.
Ainda de acordo com Campos Neto, em substituição ao rotativo, o Banco Central avalia enviar o devedor diretamente para um parcelamento desse saldo – com juros de cerca de 9% ao mês, pouco acima da metade dos 15% atuais.
“A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9% [ao mês]. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9% [ao mês]”, declarou Campos Neto.
Campos Neto também citou incômodo do BC com o sistema atual de financiamento por cartão de crédito, que permite aos correntistas parcelas compras em até 13 parcelas sem juros. Essa modalidade também não existe no resto do mundo.
“É como se fosse um financiamento de longo prazo sem juros”, avaliou o presidente do Banco Central.
Segundo ele, o BC estuda em criar algum tipo de “tarifa” para desincentivar a compra desenfreada no crédito em uma quantidade muito grande de parcelas – o que, com frequência, leva o comprador a perder o controle da própria fatura.
“Não é proibir o parcelamento sem juros. É simplesmente tentar que fique um pouco mais disciplinado. Não vai afetar o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil”, explicou Campos Neto.
Inadimplência do cartão de crédito parcelado bate recorde
Outra alternativa, ainda de acordo com o chefe do BC, seria limitar os juros no cartão de crédito rotativo. Esse cenário, no entanto, poderia levar os bancos a retirarem o crédito de correntistas com “maior risco” de não honrar a fatura, o que prejudicaria o consumo e o varejo.
Campos Neto informou que a proposta do Banco Central para o cartão de crédito rotativo deve ser apresentada nas próximas semanas.
Segundo ele, há um projeto de lei ligado ao Desenrola, que está refinanciando dívidas de inadimplentes, que tem um prazo de até 90 dias para ser apresentado.
Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que iria negociar com as instituições financeiras uma redução da taxa de juros cobrada nas operações com o cartão de crédito rotativo – a linha de crédito mais cara do mercado.
“O desenho [do crédito do cartão rotativo] está prejudicando muito a população de baixa renda. Uma boa parte do que pessoal que está no Serasa hoje é por conta do cartão de crédito. Não só, mas é também por cartão de crédito. E as pessoas não conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados”, declarou ele, na ocasião.
Informações G1
Veja os números sorteados: 05 – 36 – 39 – 41 – 44 – 50. Quina teve 83 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 76,8 mil.
Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h da data do sorteio — Foto: Marcelo Brandt/G1
O concurso 2.619 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quarta-feira (9), em São Paulo. Ninguém acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 115 milhões.
Veja os números sorteados: 05 – 36 – 39 – 41 – 44 – 50.
O próximo sorteio da Mega será no sábado (12).
Mega-Sena, concurso 2.619. — Foto: Reprodução/Caixa
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.
Informações G1
O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira (9) em alta de 0,15%, cotado a R$ 4,905.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valoresbrasileira (B3), encerrou em queda de 0,57%, aos 118.408,77 pontos, registrando a sétima queda seguida. No mês, já recua quase 3%.
O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 19,065 bilhões, até 4 de agosto deste ano. No mesmo período do ano passado, havia entrada líquida de US$ 14,925 bilhões, segundo dados do Banco Central. Em 2022, o saldo total foi negativo em US$ 3,233 bilhões. Em julho, o fluxo cambial foi positivo e de US$ 2,449 bilhões, segundo dados preliminares do órgão.
As atenções seguem voltadas para o Congresso, onde tramitam projetos importantes para o governo como o novo arcabouço fiscal. No radar também continua a trajetória dos juros no país após o Banco Central ter indicado a intenção de promover novos cortes de 0,50 ponto percentual na Selic em seus próximos encontros de política monetária. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.
Resultado do comércio em junho veio mais fraco que o esperado. O IBGE informou nesta quarta-feira (9), que as vendas no varejo em junho ficaram estáveis na comparação com o mês anterior e avançaram 1,3% em relação ao mesmo mês de 2022.
China registrou deflação pela primeira vez desde 2021. O índice de preços ao consumidor da China caiu 0,3% em julho na comparação anual, ante previsão de queda de 0,4% em pesquisa da Reuters. Foi o primeiro recuo em mais de dois anos. Já o índice de preços ao produtor cedeu pelo 10º mês consecutivo, caindo 4,4%, contra projeção de baixa de 4,1%.
A deflação lança dúvidas sobre o crescimento da China. O país é um importante comprador global de commodities, o que, em tese, traz pressão de baixa para as moedas de países exportadores de matérias-primas, como o Brasil. No entanto, existe a leitura de que a deflação na China pode levar Pequim a adotar mais medidas de estímulo à economia.Continua após a publicidade
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Informações UOL
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Estudo divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta terça-feira (08) aponta que “exceções” aprovadas pela Câmara na reforma tributária devem elevar o futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) a até 27%.
O IVA brasileiro será dual, de acordo com a reforma: ele vai reunir na esfera federal e na esfera estadual impostos hoje existentes.
Em entrevista ao g1 e à TV Globo, o secretário extraordinário da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, disse que a pasta entregaria o estudo ao Senado Federal com o custo das exceções abertas na reforma.
Ou seja, os bens e serviços não serão sujeitos à alíquota cheia do novo modelo de impostos, de acordo com o economista.
Essas exceções se dividem em três grupos, pelo texto que tramita atualmente no Congresso:
Cobrança reduzida, equivalente a 40% da chamada“alíquota padrão”que valerá para os demais setores;
Alíquota zero em itens como os da cesta básica, por exemplo;
Ou regimes específicos para setores como o financeiro, o imobiliário e o de combustíveis.
Informações TBN
Nome oficial da nova moeda foi anunciado pelo BC nesta segunda-feira (7). Recurso deve ser liberado ao público até o fim de 2024.
‘Drex’: o que é a nova moeda digital brasileira?
O Drex — nome do novo Real Digital, que foi revelado pelo Banco Central nesta segunda-feira (7) — gerou uma série de dúvidas sobre suas diferenças em relação ao PIX.
Logo após sua divulgação, por exemplo, internautas passaram a brincar nas redes sociais: “Faz um Drex?” — em referência ao envio de dinheiro via PIX.
Apesar de ser considerado “primo” do PIX por sua relação tecnológica, o novo recurso, que deve ser liberado ao público até o fim de 2024, possui diferenças. Mas quais?
A primeira — e principal — está na essência de cada uma das tecnologias: enquanto o PIX é uma ferramenta de transações instantâneas, o Drex é a própria moeda em si — e a primeira moeda virtual oficial do Brasil.
Assim, o PIX é um meio pelo qual é possível transferir dinheiro. Já o Drex é o próprio dinheiro a ser transferido. A nova moeda digital poderá ser utilizada tanto para “fazer um PIX” quanto para realização de pagamentos ou transferências por meio de outras modalidades já existentes.
O projeto da nova moeda também prevê a compra e venda de títulos públicos, em parceria com o Tesouro Nacional. Será possível, portanto, comprar e vender esses títulos usando o Real Digital.
Especialistas ainda reforçam que a chegada da nova moeda deverá trazer acesso a novos serviços financeiros digitais, como é o caso dos contratos inteligentes (também conhecidos como smart contracts).
Além disso, o Drex será usado em outros serviços, como empréstimos, seguros e investimentos.
“Estamos usando essa tecnologia para facilitar o acesso a serviços financeiros. Quando você tem o valor registrado e acessível de maneira simples e confiável (…), você baixa o custo e democratiza acesso ao serviço”, afirmou o coordenador do projeto no Banco Central, Fabio Araújo.
Outra diferença em relação ao PIX é que o Real Digital deve ter um custo de uso. Contudo, o coordenador da iniciativa diz que os custos das operações financeiras, como são feitas hoje, serão diminuídos com o Real Digital.
“Tem um custo, mas esse custo parece que será muito mais barato. Estamos trabalhando para construir essa tecnologia de forma que seja muito mais barata do que aquilo que temos disponível atualmente”, disse Araujo.
Drex: entenda nova moeda digital do país
Na prática, o Real Digital servirá como uma nova expressão das cédulas físicas, já emitidas pelo BC, e será garantido pelos mesmos fundamentos e pelas mesmas políticas econômicas que determinam o valor e a estabilidade do real convencional.
A autoridade monetária destaca que uma das diretrizes para o desenvolvimento da moeda digital é a interoperabilidade (capacidade de um sistema se comunicar com outro de forma transparente) com os meios de pagamento hoje disponíveis à população.
Além das transferências via PIX, os usuários poderão fazer pagamentos em lojas, por meio do seu prestador de serviço de pagamentos — banco, instituição de pagamento ou outra instituição que venha a ser autorizada pelo BC para tal.
Além disso, o usuário também poderá transferir reais digitais para outras pessoas, transformá-los em depósito bancário convencional e sacá-los em formato físico, além de pagar contas, boletos e impostos.
“Ou seja, poderá movimentar seus Reais Digitais da mesma forma que você movimentaria seus recursos hoje depositados nos bancos”, afirmou o BC em nota.
O Real Digital ainda está em fase de testes e não tem um cronograma oficial de lançamento. A expectativa é que a nova moeda seja liberada para o público no fim de 2024, segundo o coordenador da iniciativa do real digital pelo BC, Fabio Araújo.
O tema tem sido discutido pelo BC há anos. Em 2020, por exemplo, a autarquia organizou um grupo de trabalho para estudar a emissão de uma moeda digital brasileira, tendo divulgado as diretrizes gerais do projeto em maio de 2021.
Segundo Fabio Araújo, coordenador da iniciativa, a expectativa é que a nova moeda permita que os produtos que já existem no sistema financeiro sejam oferecidos com uma “variedade maior”, atendendo de forma mais específica as necessidades dos usuários e a um custo mais baixo.
De acordo com o especialista do BC, a ideia é que o usuário abra o aplicativo bancário ou da sua instituição financeira de preferência e encontre várias opções de um mesmo serviço financeiro, que sejam “mais adequadas” em termos de perfil e custos do que as disponíveis atualmente.
Informações G1
Consulta pode ser feita por pessoas físicas e empresas no Sistema de Valores a Receber. Segundo instituição, 63% dos beneficiários têm direito a receber até R$ 10.
O Banco Central do Brasil (BC) divulgou nesta segunda-feira (7) que aproximadamente R$ 7,2 bilhões ainda podem ser resgatados no Sistema de Valores a Receber (SVR). Os dados são do mês de junho.
O sistema é um serviço do Banco Central no qual é possível consultar se pessoas físicas, inclusive falecidas, e empresas têm algum ‘dinheiro esquecido’ em banco, consórcio ou outra instituição.
Segundo o BC, do total que ainda está no sistema:
Ainda de acordo com a instituição, cerca de 63,1% dos resgastes devem ser de até R$ 10. Veja abaixo:
Número de beneficiários por faixa de valor a receber:
Vale reforçar que, segundo a autarquia, o beneficiário com valores a receber em mais de uma faixa é contado mais de uma vez.
Até a última atualização disponível no BC, aproximadamente R$ 4,4 bilhões já foram devolvidos até o momento.
Informações G1
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (4/8) que o governo estuda aumentar o percentual de álcool na mistura com gasolina vendida nos postos, de 27% para 30%. “A ideia é passar para 30%. Vamos ter a gasolina mais limpa do mundo, além do carro flex, com etanol e gasolina”, anunciou durante agenda em Passo Fundo (RS), onde participou do anúncio de construção de uma nova usina de etanol.
Também foi anunciado o financiamento de até R$ 20 bilhões, pelos próximos quatro anos, para investimentos em pesquisa e inovação de biocombustíveis. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é a principal instituição financiadora.
Os investimentos fazem parte da estratégia para ampliar o uso de combustíveis limpos no Brasil. Alckmin lembrou que o avanço da política de estímulo à produção de biodiesel é prioridade do governo e que prevê a inclusão de um ponto percentual ao ano de biodiesel misturado ao combustível fóssil até chegar a 15% (B15) em 2026. Atualmente essa mistura está em 12%.
De acordo com a empresa Be8, que anunciou a construção da primeira usina de etanol no Rio Grande do Sul, o investimento será de R$ 556 milhões e a unidade deverá estar pronta no segundo semestre de 2025. Devem ser produzidos também farelos a partir do processamento de cereais como milho, e trigo.
Segundo Alckmin, “o Brasil tem a oportunidade de se tornar líder na produção de combustíveis para aviação”, numa corrida com países como os Estados Unidos para suprir uma transformação energética do setor. “O biodiesel agrega valor, gera emprego, produz ração, produto médico, glicerina. Uma série de produtos dessa grande indústria. Além de tornar o diesel menos poluente, salvar o meio ambiente e a saúde”, destacou.
O vice-presidente ainda destacou o papel do Brasil no cenário mundial de mudanças climáticas, citando o compromisso com o desmatamento zero da Amazônia e com a descarbonização do planeta. “Precisamos agora ter mercado em carbono regulado. Isso é importante e vai impulsionar investimentos. A transição energética vai atrair muito investimento e gerar emprego e desenvolvimento. Um exemplo está aqui: esta é a nova industrialização, vindo ao encontro do combate às mudanças climáticas.”
Créditos: Correio Braziliense.