Sentença foi dada em processo da extinta Lava Jato fluminense, que apontou repasses ilícitos em obras do Maracanã e do metrô do Rio de Janeiro
Marcelo Bretas, o juiz da 7.ª Vara Criminal do Rio, condenou nesta sexta-feira (20) Sérgio Cabral (foto) a mais 17 anos, sete meses e nove dias de prisão por supostamente ter recebido R$ 78,9 milhões em propinas da Odebrecht em obras realizadas na capital fluminense no início do seu primeiro mandato, registra o Estadão.
O processo foi aberto a partir das investigações da extinta Lava Jato no Rio, e a denúncia é desdobramento das operações Calicute, Eficiência e Tolypeutes.
Segundo o MPF, em 2007, houve repasses indevidos na reforma do estádio do Maracanã para a Copa de 2014, nas obras da linha 4 do metrô e do Arco Metropolitano e na urbanização da favela do Alemão com recursos do PAC do governo federal. Baseada na delação de executivos da Andrade Gutierrez, a denúncia foi recebida em 2018.
“A condenação dos acusados é medida que se impõe”, escreveu Bretas, para quem o ex-governador do Rio “mercantilizou” o cargo e foi o “principal idealizador e articulador” do suposto esquema de corrupção.
No início deste mês, Cabral foi transferido da unidade prisional da PM em Niterói para Bangu 1 após a descoberta de que ele recebia regalias na prisão. Decisão do STJ, porém, autorizou que ele cumprisse pena num presídio do Corpo de Bombeiros.
Informações Terra Brasil Noticias