Presidentes dos dois países conversaram neste sábado
Neste sábado (12), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que embora Washington esteja preparado para resolver via diplomacia a situação na Ucrânia, o país está “igualmente pronto” para cenários diferentes.
Em uma conversa telefônica, que durou uma hora e dois minutos, Biden ameaçou impor rapidamente “custos severos” à Rússia em coordenação com seus aliados na Europa, caso Putin prosseguisse com uma invasão da Ucrânia, disse a Casa Branca em comunicado.
O presidente americano também disse a Putin que uma invasão russa na Ucrânia causaria “sofrimento humano generalizado” e reduziria o prestígio da Rússia no mundo.
Biden atendeu a ligação na residência presidencial de Camp David, no estado de Maryland, onde está desde a tarde de sexta-feira (11).
Esta foi a primeira conversa direta entre os dois mandatários desde 30 de dezembro, quando Biden e Putin deixaram claras suas diferenças sobre a Ucrânia.
A conversa surgiu depois que os EUA pediram ontem a seus cidadãos que deixem o território ucraniano nas próximas 48 horas devido à “clara possibilidade” da Rússia atacar a Ucrânia durante os Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecem em Pequim até o próximo dia 20.
O Departamento de Estado dos EUA ordenou, neste sábado, a saída da maioria dos funcionários diplomáticos da Ucrânia e anunciou a suspensão dos serviços consulares na Embaixada em Kiev a partir de amanhã.
Também neste sábado, poucas horas antes da ligação, o governo americano ordenou a saída de 160 membros da Guarda Nacional da Flórida (um de seus corpos militares de reserva) da Ucrânia como medida de extrema precaução.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ordenou “o reposicionamento temporário” desses 160 reservistas que estão na Ucrânia desde novembro do ano passado, informou o Departamento de Defesa em comunicado.
As tropas são designadas para a 53ª Brigada de Combate de Infantaria e vêm assessorando e treinando as Forças Armadas da Ucrânia nos últimos meses.
Depois de deixar o país, eles serão realocados para outros destinos na Europa.
*EFE