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Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA) se posicionou contra a volta das aulas no dia 3 de maio, anunciada pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), nesta sexta-feira (23) (veja aqui). Segundo a diretora do órgão, Elza Melo, ainda não há condições para realizar atividade presencial ou semipresencial nas escolas, porque os trabalhadores da educação, em sua maioria, não foram vacinados.
“Não houve retorno em função dessa variante do vírus, que ainda está muito perigosa. Os trabalhadores de Educação não foram vacinados. O universo dessa rede varia de 35 a 50 anos. Há um risco grande do contágio. Nós trabalhamos com gente. Crianças, adolescentes e jovens. Não dá pra ficar afastado da criança, sabe que tem que ter o abraço e tudo o mais. Ele apelou para que a gente retornasse, voltasse às atividades presenciais. E nos posicionamos que era necessário que o executivo municipal trabalhasse para pressionar o governo federal a liberar as vacinas para os professores. Nós queremos voltar a trabalhar, mas com segurança. Nós entendemos que os alunos precisam voltar para a escola, mas não pode ser dessa forma. Não houve acordo. O prefeito insiste em retomar no início de maio e nós nos posicionamos contra”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Elza destacou, ainda, que o fato de o retorno ser semipresencial não é fator relevante para diminuir o risco de contágio do novo coronavírus. “Isso requer aglomeração, um cuidado maior, que a prefeitura contrate mais pessoas para alimentação, limpeza das escolas. Existe uma carência grande da rede municipal de contratar pessoas para fazer a higienização. Existem os ADI’s, auxiliares de desenvolvimento infantil, que auxiliam os professores com crianças pequenas. Imagine o professor sozinho na sala de aula para cuidar de suas atribuições e da prevenção do vírus para a criança não levar para casa, para os pais”, pontua.
Quem também se posicionou foi o coordenador-geral da APLB-BA, Rui Oliveira. “Achei muito positiva a reunião, mas não abrimos mão, pois a luta do Sindicato é em defesa da vida. Aulas presenciais só com a imunização de todos os profissionais em Educação”, afirmou.
Por fim, a diretora da APLB-BA informou que o prefeito disse que a vacinação dos trabalhadores da rede de Educação “independe da vontade dele”. Bruno Reis deseja imunizar a classe, mas, enquanto o governo federal não liberar, isso não será possível. Ainda assim, ele fez um apelo para a volta às aulas nesta manhã.
Informações: Bahia Notícias