Dificuldade para iniciar a micção (hesitação), fluxo urinário fraco ou um jato urinário que interrompe e recomeça, gotejamento no final da micção, incapacidade para esvaziar completamente a bexiga, esforço para urinar, vontade de urinar novamente logo após terminar de urinar, dor durante a micção (disúria). Estes são os principais sintomas de quem apresenta a hiperplasia prostática benigna, mais conhecida como o aumento benigno da próstata, uma doença que não se trata de câncer, mas que representa um desconforto importante para o paciente. O tratamento a laser para hiperplasia prostática, chamado de Holep, bem como atualização em Câncer de Próstata e Câncer de Bexiga, e Cirurgia Robótica e novas tecnologias para o tratamento do Câncer de Próstata levaram o Cirurgião Urologista Dr. Eduardo Cerqueira a participar do XVIII Congresso Paulista de Urologia que aconteceu emtre os dias 3 e 7 de setembro em São Paulo.
De acordo com Dr. Eduardo Cerqueira, o HoLEP, Enucleação da Próstata por Laser Holmium, é o novo procedimento muito pouco invasivo e sem cortes e que é considerado um dos mais modernos do mundo para tratamento cirúrgico de Hiperplasia Prostática Benigna. Esta é uma doença que atinge 50% dos homens acima dos 50 anos , ou seja, “trata-se de um tumor não cancerígeno comum na população masculina, o qual acaba reduzindo o calibre da uretra prostática, dificultando o escoamento da urina”, explicou o especialista. Durante o evento, o cirurgião urologista pode ouvir profissionais de referência do Brasil e de outros países da América Latina e também Europa. “O HoLEP é o que há de mais moderno e eficaz. Permite, inclusive, o tratamento de cálculos que, por ventura estejam também presentes na bexiga do paciente. Já temos excelentes resultados no curto e longo prazos, ao permitir a retirada completa do adenoma prostático, o que torna a possibilidade de nova operação quase nula”, ressaltou. As maiores vantagens desta técnica é a cirurgia realizada pela uretra. O corte é realizado a laser na área da próstata que sofreu aumento. A precisão é muito grande e há ausência de sangramento. “Ao final da enucleação, o material é enviado para análise, a fim de afastar a presença de câncer de próstata”, explicou Dr. Eduardo Cerqueira.
Os cinco dias de atualização em São Paulo também geraram discussões em uma das suas principais áreas de atuação que é a Cirurgia Robótica voltada para o Câncer de Próstata. “Durante o evento, o que os pesquisadores mais ressaltaram foi justamente o que já enfatizamos aqui na Bahia: a cirurgia robótica tem se mostrado mais segura, mais detalhada, com menor risco de infecção e oferece uma recuperação melhor, já que o paciente tem menos dor no pós-cirúrgico. No caso das cirurgias oncológicas, para cirurgia de próstata, por exemplo, em que a inervação é poupada, há a diminuição das chances de impotência do paciente no pós-operatório. E isso é fantástico”, explica o médico. Segundo ele, a cirurgia robótica possui diversas vantagens em relação à cirurgia feita por videolaparoscopia, aquela realizada por meio de pequenas incisões, com auxílio de uma câmera, sem a necessidade de grandes cortes.
Dr. Eduardo Cerqueira lembra que para realizar a cirurgia robótica é necessário fazer treinamentos complexos e que o robô não opera sozinho. “Todos os seus movimentos são realizados sob o comando do cirurgião, que é auxiliado por outro cirurgião que fica em sala ao lado do paciente. O robô proporciona maior estabilidade à nossa mão, removendo pequenos tremores. Para cirurgias de alta complexidade, este é um grande diferencial”, finaliza.
Por Adriana Matos
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