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A nova modalidade de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada pode aumentar o endividamento da população. Embora ofereça juros menores, o empréstimo com desconto em folha pode levar à contração de novas dívidas e comprometer a renda dos trabalhadores.
De sexta-feira 21 a domingo 23, mais de 40 milhões de pessoas fizeram simulações do programa, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Chamado Crédito do Trabalhador, o programa entrou em vigor na sexta-feira.
A promessa do governo é oferecer uma alternativa mais acessível àqueles que precisam de crédito, mas há riscos do uso excessivo desse tipo de financiamento.
O novo consignado permite que empregados contratem empréstimos com desconto direto na folha de pagamento. No entanto, segundo especialistas, a expansão de programas de transferência de renda e a maior oferta de crédito têm impulsionado o endividamento da população de baixa renda.
O governo apresentou o programa como uma alternativa para reduzir o endividamento, permitindo a substituição de dívidas antigas por novas com juros menores. Porém, essa possibilidade só estará disponível a partir de 25 de abril. A portabilidade de empréstimos entre bancos, por sua vez, só começa em 6 de junho. Até lá, os trabalhadores que aderirem ao programa contrairão novas dívidas.
O coordenador do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGVcemif), Lauro Gonzalez, afirmou ao portal MT Econômico que o crédito tem papel essencial na economia, mas exige cuidado. “É preciso haver cautela, tendo em vista o já elevado grau de comprometimento de renda da população para o pagamento de dívidas”, afirmou.
Dados de 2023 mostram que o crédito para consumo tem crescido significativamente, e os juros para pessoas físicas no Brasil estão entre os mais altos do mundo. Isso contribui para o endividamento das famílias, com mais de 72 milhões de brasileiros negativados.
O núcleo de estudos do superendividamento do FGVcemif enumerou os principais riscos do novo consignado:
O crédito consignado representa 17% das operações de empréstimos no país, ficando atrás do cartão de crédito (53%) e do empréstimo pessoal (22%), segundo pesquisa da Creditas de dezembro de 2024.
O prazo máximo para pagamento do consignado privado varia de 48 a 60 meses, dependendo da instituição financeira. Para aposentados e pensionistas, o limite é de 96 meses. Como os juros anuais estão em torno de 21%, o alto custo financeiro pode levar os contratantes a repactuar os débitos repetidamente, entrando em um ciclo de endividamento.
Embora o consignado ofereça uma alternativa mais barata em relação a outras modalidades de crédito, seu uso descontrolado pode comprometer a renda dos trabalhadores e dificultar o pagamento de outras despesas essenciais.
Informações Revista Oeste