Foto: Jorge Gonzalez.
Uma equipe de cientistas reconstruiu o crânio de um dinossauro Irritator challengeri, da família dos Espinossauros, que viveu Nordeste há quase 115 milhões de anos. Embora tenha sido descoberto há três décadas, só agora o animal teve a reconstituição de sua cabeça realizada por pesquisadores.
A imagem foi publicado na revista Palaeontologia Electronica, em 6 de abril (o site informa que a pesquisa está atualmente indisponível, por causa de problemas técnicos).
Segundo o trabalho, o fóssil estava na Bacia Sedimentar do Araripe, cujas terras são divididas entre Ceará, Pernambuco e Piauí. Apesar de “brasileiro”, o dinossauro foi enviado ao Museu Estadual de História Natural de Stuttgart, na Alemanha.
Os autores da reconstituição trabalham nas universidades Greifswald e Luís Maximiliano, ambas na Alemanha, e Friburgo, na Suíça.
Os pesquisadores descobriram que o crânio do I.challengeri foi evolutivamente moldado para produzir uma mordida “fraca”, mas bem rápida. Eles estimam que o predador media 6,5 metros de comprimento e era o maior animal em seu ecossistema.
Com dados de tomografia computadorizada, os cientistas descobriram que o I.challengeri provavelmente mantinha seu focinho inclinado em 45°, em situações que exigiam muita atenção ao seu redor. O dinossauro provavelmente tinha uma área de visão tridimensional para frente, já que nenhuma estrutura, como o focinho longo, obstruía seu campo de visão.
Com o focinho inclinado, o carnívoro caçava presas relativamente pequenas, como peixes. Quando ele abria a boca, suas mandíbulas inferiores se espalhavam para os lados, o que alargava a região da garganta.
Créditos: Revista Oeste.