Em todo o país, pelo menos 48 universidades, 71 institutos federais (IFs) e um campus do Colégio Pedro II estão atualmente em greve, conforme apontado por um levantamento realizado pelo G1. Professores e servidores dessas instituições estão reivindicando mudanças significativas, incluindo reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas implementadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Os níveis de paralisação variam. Em algumas instituições, tanto professores quanto técnicos-administrativos aderiram à greve, enquanto em outros casos, apenas os professores ou apenas os técnicos estão paralisados.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que representa os professores e demais servidores federais, afirmou que, apesar das reuniões com o Governo Federal desde 2023, nenhuma proposta satisfatória foi apresentada para atender às reivindicações dos servidores.
Por outro lado, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) ainda não respondeu aos questionamentos até o momento da publicação desta reportagem.
O Ministério da Educação, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que está empenhado em buscar alternativas para valorizar os servidores da educação, mantendo um diálogo franco e respeitoso com as categorias. A pasta também informou que está participando das mesas de negociação que tratam das condições de trabalho dos servidores nas instituições de educação.
Abaixo, confira como está a situação pelo país:
Norte
Acre: servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Instituto Federal do Acre (Ifac) estão em greve.
Amapá: servidores do Instituto Federal do Amapá (IFAP) e da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) aderiram à paralisação.
Pará: as federais do Pará (UFPA), do Oeste do Pará (Ufopa), Federal Rural da Amazônia (Ufra), e o Instituto Federal do Pará (IFPA) e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) também estão em greve.
Rondônia: a Universidade Federal de Rondônia (Unir) e o Instituto Federal de Rondônia também estão paralisados.
Tocantins: um campi do Instituto Federal do Tocantins está em greve.
Nordeste
Alagoas: tanto a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) quanto o Instituto Federal de Alagoas (IFAL) estão paralisados.
Bahia: 17 campi do Instituto Federal da Bahia também entraram em greve.
Ceará: estão em greve a Universidade Federal do Ceará (UFC) Universidade Federal do Cariri (UFCA) Universidade Federal da Integração Luso-Afro Brasileira (Unilab) e o Instituto Federal do Ceará (IFCE).
Maranhão: técnicos e professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) também aderiram à paralisação.
Paraíba: estão em greve os técnicos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e professores e técnicos do Instituto Federal da Paraíba (IFPB).
Pernambuco: a greve afeta pelo menos a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Piauí: dois campi do Instituto Federal do Piauí e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) Campus Teresina estão em greve.
Rio Grande do Norte: o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aderiram à paralisação.
Sergipe: estão paralisados o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Sul
Rio Grande do Sul: a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e três campi do Instituto Federal do RS estão paralisados.
Paraná: a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR) também estão em greve.
Santa Catarina: estão em greve servidores da Universidade Federal de SC (UFSC), da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), do Instituto Federal Catarinense (IFC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)
Sudeste
Espírito Santo: tanto o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) quanto a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) estão em greve.
Minas Gerais: estão em greve a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cetef), quatro campi do Instituto Federal de Minas Gerais e o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM).
Rio de Janeiro: os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) estão em greve; no Colégio Pedro II os professores estão em greve.
São Paulo: seis campi do Instituto Federal de São Paulo e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foram afetados pela paralisação dos servidores.
Centro-Oeste
Distrito Federal: a Universidade de Brasília (UnB) está paralisada.
Mato Grosso: 18 campi do Instituto Federal do Mato Grosso também aderiram à paralisação, assim como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Mato Grosso do Sul: o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) estão em greve.
Goiás: a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal de Catalão (UFCat), a Universidade Federal de Jataí (UFJ) e dois campi do Instituto Federal de Goiás também estão em greve.