Existe vida após a síndrome de burnout. É com essa máxima que a escritora Carol Milters, 34 anos, celebra sua jornada e busca inspirar outras pessoas. Natural de Porto Alegre (RS) e publicitária de formação, ela desenvolveu a doença, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, duas vezes. A primeira foi entre 2014 e 2015, quando atuava no Rio Grande do Sul, e a segunda, em 2017, trabalhando na Holanda, onde vive desde então.
Em seu primeiro episódio de burnout, Carol tinha 26 anos e cuidava de um serviço de consultoria estratégica em uma empresa de tecnologia e marketing. Ela havia acabado de assumir a gestão de uma equipe e acumulava responsabilidades em uma rotina dividida entre reuniões com clientes, gerenciamento de projetos e diversos problemas operacionais para resolver. Além disso, sempre estava disponível para gestores, colegas e clientes por e-mail, telefone e skype, numa lógica de trabalho “always on”. A empresa estava crescendo rapidamente e, enxergando ali uma oportunidade de se destacar e ser reconhecida, Carol ficou obcecada pelo trabalho.
Contribuiu para isso o fato de estar num ambiente em que ser workaholic era não só permitido como também incentivado. Ela trabalhava diretamente com pessoas que eram viciadas em trabalhar e havia um culto interno de que ser assim era o melhor: era sinônimo de força e capacidade. “Responder um e-mail às 2h da manhã era um sinal de que você se importava com a empresa. Ir embora do escritório todos os dias antes das 19h era visto como falta de dedicação, como um colaborador que só está ali para bater ponto”, conta Carol, em entrevista a Universa.
Com essa cultura de disponibilidade somada à sobrecarga de trabalho, os primeiros sinais de que algo não ia bem começaram a surgir. “A amigdalite virou minha parceira: quase todo mês, minha garganta inflamava. Tive também infecções intestinais e o meu sono estava totalmente desregulado”, lembra.
Não demorou e vieram as crises de pânico e ansiedade. “Comecei a me isolar da minha própria equipe e não interagia mais com as pessoas como antes. Tinha vontade de chorar, uma sensação de vazio e passei a me sentir incompetente e burra. Esquecia as coisas e sentia que meu cérebro não estava mais dando conta”, diz Carol.
A gaúcha chegou a se afastar temporariamente do trabalho para cuidar da saúde, mas pouco tempo depois foi desligada da empresa. Frustrada e ainda tentando se recompor do esgotamento que vivenciou, Carol pegou um dinheiro que tinha economizado e resolveu fazer um período sabático de um ano e meio. Em uma viagem de quatro meses pela Europa, em 2016, decidiu que iria morar fora do Brasil e se mudou para a Holanda no início de 2017.
“Achei que, mudando de país, tudo estaria resolvido. Uma semana após dar entrada na residência aqui na Holanda, eu já estava trabalhando de novo, na mesma área. No entanto, eu ainda não tinha elaborado tudo o que havia acontecido no Brasil e comecei a apresentar sintomas de estresse pós-traumático”, recorda. Ver objetos que a faziam lembrar da empresa, por exemplo, lhe causava febre instantaneamente.
Mesmo tentando não se sobrecarregar e exercitando impor limites em seu novo emprego, Carol entrou em um novo quadro de exaustão. Voltou a se sentir fraca, impotente e teve crises de pânico e ansiedade novamente. Com isso, acabou se afastando do trabalho, não saía de casa e passava 20 horas na cama. Por algumas semanas, só saía do quarto para comer e ir ao banheiro.
Ao final do contrato de um ano com a empresa em que trabalhava na Holanda, seu gestor comunicou que não iriam renovar e ela se viu desempregada pela segunda vez em meio a um burnout. Foi a psicoterapia que ajudou Carol a navegar pela instabilidade, entender quem era ela e lidar com as suas próprias emoções. Ela também precisou usar medicação para depressão e ansiedade generalizada e passar por uma terapia específica para traumas e fobias.
O tratamento, segundo Carol, foi fundamental para que ela pudesse restabelecer um ritmo de trabalho sem ter tanto medo de adoecer de novo. A escrita teve outro papel importante nesse processo. Enquanto estava de cama e só conseguia ler e dormir, ela teve contato com o livro “O Caminho do Artista“, de Julia Cameron, onde a autora propõe exercícios para estimular a criatividade e um deles é o de escrever diariamente.
Carol começou a escrever logo ao acordar, o que para ela foi um processo de descoberta. “Na escrita, me reencontrei e consegui acessar coisas que as outras terapias não alcançavam, porque era eu comigo mesma, sem filtros ou julgamentos”, afirma. Desses escritos, nasceu o seu primeiro livro, “Minhas Páginas Matinais: Crônicas da Síndrome de Burnout”, lançado em 2020.
O livro já foi vendido em 16 países, em inglês e português, e documenta sua jornada enfrentando o esgotamento causado pelo excesso de estresse no trabalho. Agora, Carol está lançando o seu segundo livro, “Um passo por dia: Meditações para (re)começar, sempre que preciso”, em inglês. A versão em português sai entre julho e agosto deste ano.
Além dos livros, Carol também conta sua história com a síndrome de burnout nas redes sociais. “Quando comecei a ler e estudar sobre a doença, entendi que passar por isso não era culpa minha e que existem responsabilidades compartilhadas entre indivíduo, empresa e sociedade como um todo nessa questão.” Por isso, hoje ela compartilha suas vivências e propõe uma reflexão coletiva sobre a nossa cultura de trabalho em seus perfis no Instagram, Twitter e YouTube.
Como defensora da causa, Carol espera que a síndrome de burnout não seja banalizada e que todos possam entender que é um problema sério, que requer cuidado, pesquisa, informação e acolhimento. Para ajudar outras pessoas que passam pela doença, a escritora fundou em outubro de 2020 um grupo de apoio online, o “Burnoutados Anônimos”.
Os encontros têm 2h de duração e acontecem uma vez por mês de forma gratuita e confidencial através de uma plataforma de videoconferências. Ela conta que criou o grupo para aliviar a sensação de solidão que acomete muitos que enfrentam a síndrome e que os encontros funcionam como um espaço para falarem a mesma língua, chorar e rir juntos, compartilhar vitórias, derrotas, progressos e recaídas.
“O esgotamento começa no trabalho, mas afeta uma vida inteira: a família, a carreira, os relacionamentos, as finanças, as amizades e a autoestima. Ali nos enxergamos como tendo algo que nos une, mas ao mesmo tempo eu tento passar a ideia de que todos nós somos muito mais do que o nosso burnout”, destaca Carol. Cada encontro reúne em média 25 a 40 participantes e, até o final de 2021, mais de 90% eram mulheres.
Além do grupo, Carol promove anualmente desde 2020, entre o final de novembro e início de dezembro, a Semana da Conscientização da Burnout, um evento online, gratuito e sem fins lucrativos que reúne pesquisadores, especialistas e pessoas que viveram a síndrome para discutir o tema e ampliar o conhecimento sobre a doença.
Somando 800 inscritos nas duas edições, os painéis são transmitidos pelo YouTube em inglês e português e na edição do ano passado contou com o patrocínio da empresa de bem-estar e saúde mental Zenklub, para cobrir custos com tecnologia e serviços. A parceria também rendeu um curso sobre síndrome de burnout e a relação com o trabalho, disponível gratuitamente na plataforma da startup.
Com quatro módulos, 2h de duração e emissão de certificado no final, o curso é voltado para profissionais de todas as áreas, desde níveis operacionais a lideranças, especialistas em saúde e segurança do trabalho e gestores de recursos humanos. Nas aulas, Carol apresenta como o burnout pode afetar a saúde das pessoas e traz informações e exercícios sobre práticas para prevenir e combater a doença.
Hoje, recuperada, depois de passar duas vezes pela síndrome, e ajudando a conscientizar sobre a doença, seja em suas redes sociais, nos livros que escreveu, nos eventos que participa e no grupo que organiza, Carol diz que leva muitos aprendizados dessa jornada, como o de que é possível realizar coisas maravilhosas e contribuir para o mundo sem precisar se esgotar.
“Aprendi também que a nossa cultura do trabalho está adoecida e todos nós podemos reescrever essa história, um passinho por dia, um dia de cada vez. Mais: que as nossas vulnerabilidades nos unem, que perfeição não existe e que cada vitória merece ser celebrada”, finaliza.
Informações Universa UOL
Os pagamentos por aproximação —seja com cartão ou uso de aplicativos de celular—, que se popularizaram durante a pandemia, têm se tornado alvos de golpes. Além de roubarem cartões e usá-los para movimentar centenas de reais rapidamente, criminosos ainda tentam a sorte escondendo maquininhas e se aproximando de pessoas (normalmente em lugares lotados) para tentar fazer operações em cartões desprotegidos. Como não há necessidade de digitar a senha, muitas vezes o consumidor só percebe que foi vítima de roubo horas depois.
O que o consumidor deve fazer nessas situações? Os bancos são obrigados a devolver o dinheiro roubado? Especialistas ouvidos pelo UOLrespondem a essas e outras dúvidas.
É responsabilidade dos bancos responder por eventuais prejuízos causados às vítimas de golpe, diz Fabio Pasin, pesquisador do programa de serviços financeiros do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Ele cita o artigo 14 do CDC (Código de Defesa do Consumidor), que determina que “o fornecedor de serviços [nesse caso, as instituições financeiras] responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.”
“Os fraudadores conseguem, por exemplo, encostar a maquininha na bolsa da vítima e extrair o valor do cartão daquele consumidor. Isso é uma falha de segurança do banco, que deve ser responsabilizado”, afirma.
Já a advogada Beatriz Castilho, pesquisadora da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Direito Rio, diz não existir uma determinação em lei que obrigue bancos e instituições financeiras a devolverem o dinheiro aos consumidores vítimas de golpe, mas reforça que normalmente é o que acontece, ainda mais quando a fraude é comprovada de forma evidente.
“O que a gente vê na jurisprudência atual é que os consumidores normalmente são ressarcidos”, afirma.
Em nota, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) disse que UOL que os pagamentos por aproximação são seguros e que a entidade “não tem qualquer registro de casos de golpe em que o criminoso supostamente se aproximaria da vítima com uma máquina de cartão escondida, valendo-se de ambientes lotados para capturar transações indevidamente”.
Notificar o banco
Os especialistas consultados pelo UOL enfatizam que a primeira ação a ser tomada pelo consumidor ao perceber que foi vítima de golpe é notificar o banco o mais rápido possível e fazer a contestação dos valores.
Segundo Castilho, da FGV, “não existe um prazo único para resposta” das instituições financeiras. No geral, o retorno chega entre cinco e dez dias após a comunicação.
Esse passo é importante, acrescenta, “até para eventualmente bloquear ou cancelar aquele cartão”. Nesse momento, é importante anotar e guardar o número de protocolo do atendimento.
Registrar um boletim de ocorrência
Depois, o cliente pode registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet.
Além de servir como mais um registro do golpe, o B.O. também é usado para fins de políticas públicas, “para que as autoridades e a sociedade como um todo saibam o que está acontecendo”, explica a pesquisadora.
Caso o banco não aceite a reclamação, o consumidor pode tentar resolver o problema administrativamente, registrando o caso em plataformas como o ReclameAqui ou o Procon de seu estado.
Para registrar a reclamação no Procon de São Paulo, o caminho é:
Também é possível fazer a contestação no site do Banco Central.
Vale lembrar que uma ação não anula a outra: o consumidor pode escolher apenas um desses caminhos ou todos juntos — ReclameAqui, Procon e BC —, se preferir.
Se o consumidor não for ressarcido, mesmo após fazer a contestação junto ao banco e as reclamações na esfera administrativa, ele ainda pode entrar com uma ação na Justiça comum para tentar recuperar o dinheiro roubado.
De acordo com Pasin, do Idec, esse tipo de caso pode ser levado a um Juizado Especial Cível (JEC). São órgãos judiciais de primeira instância que analisam e julgam ações que não superem o valor de 40 salários mínimos (ou R$ 48.480, em valores de 2022). “Não precisa nem de advogado”, diz.
“Os JECs são algo de mais fácil acesso para as pessoas, de forma geral. Mas processo judicial, por mais simples que seja, gera um desgaste”, afirma Castilho, da FGV.
Ainda que seja vítima, e não responsável por eventuais golpes, o consumidor pode tomar algumas medidas para se proteger e continuar fazendo pagamentos por aproximação com segurança:
Muitos consumidores recebem os cartões com função de pagamento por aproximação já desbloqueada. Às vezes, você nem sabe que o cartão tem essa função, ou nem quer usá-la, mas ela está habilitada. Então aconselho aos consumidores que entrem no app do banco e verifiquem. Caso a função esteja desbloqueada e você não queira, aí é só bloquear.
Beatriz Castilho, da FGV Direito Rionone
Em nota, a Abecs disse que o pagamento por aproximação é uma tecnologia que beneficia milhões de pessoas e comércios todos os dias, garantindo agilidade e segurança às transações, reduzindo filas e otimizando fluxos em lojas, serviços, transporte público e pedágios.
“Apesar do crescimento exponencial da modalidade, que movimentou R$ 100 bilhões só no primeiro trimestre deste ano (alta de 456%), a Abecs não tem qualquer registro de casos de golpe em que o criminoso supostamente se aproximaria da vítima com uma máquina de cartão escondida, valendo-se de ambientes lotados para capturar transações indevidamente.
O pagamento por aproximação é uma tecnologia segura, adotada em diversos locais do mundo, com os mesmos parâmetros de segurança exigidos no Brasil. A Abecs reforça que, em caso de perda ou roubo do cartão, bem como se houver indícios de transações indevidas, o recomendado é que o cliente entre em contato imediatamente com a central de atendimento do cartão. Também é recomendado sempre guardar o cartão em local seguro e, antes de inserir ou aproximar o cartão da maquininha, conferir o valor da compra.”
Informações UOL
A morte da ex-princesa Kasia Gallanio, de 45 anos, trouxe à tona mais um caso de possível morte suspeita ou polêmica entre membros de famílias reais. Ela foi casada com Abdelaziz bin Khalifa AlThani, tio do Emir (título semelhante à realeza) do Qatar e travava uma batalha judicial com o príncipe por conta da guarda das três filhas que tiveram juntos.
De acordo com o jornal Le Parisien, a polícia da Espanha encontrou o corpo dela sem marcas de violência ou sinais de resistência. Embora haja indícios de overdose de drogas, falta o resultado da autópsia e o caso ainda está sob investigação.
Em abril deste ano, uma das filhas do casal denunciou a um tribunal que foi vítima de agressão sexual pelo pai quando tinha entre 9 e 15 anos. Um inquérito foi aberto para a investigação da denúncia, em meio às audiências de custódia —o pai delas não fala com nenhuma das herdeiras, apesar de ter a custódia do trio. A filha de 15 anos, segundo a imprensa francesa, vive sozinha em um palácio, sem ir à escola.
Na história, há outros casos de princesas cujas mortes chocaram a opinião pública. Relembre alguns deles.
Um dos casos mais trágicos ocorridos em 1898 envolveu o assassinato de Isabel da Baviera, esposa do imperador da Áustria e rei da Hungria, Francisco José 1º.
Ela era conhecida como ‘Sissi’ e fazia uma viagem por Genebra, na Suíça, quando foi surpreendida pelo anarquista italiano, Luigi Lucheni, que perfurou o coração da princesa com um estilete em formato de agulha.
Apesar do assassinato, que aconteceu a céu aberto, Isabel vivia uma vida melancólica, que teria sido causada pelas mortes que presenciou na família. Dentro da Corte, havia inclusive o medo de que ela poderia se suicidar a qualquer momento.
Em 1888, Isabel perdeu seu pai, Maximiliano José; depois seu único filho, Rodolfo, em 1889. Três anos depois, a princesa perdeu a mãe, Luísa, e depois vivenciou a morte da irmã, a duquesa Sofia Carlota da Baviera.
Entretanto, o que se sabe é que Isabel sequer era o alvo de Luigi Lucheni, que pretendia matar o príncipe Henrique de Orleans, herdeiro do trono da França. No entanto, ele teria decidido matar a princesa depois de não conseguir encontrar Henrique.
Shruti foi uma das vítimas do chamado ‘Massacre Real Nepalês’ protagonizado por Dipendra Bir Bikram, príncipe herdeiro, que abriu fogo contra a monarquia nepalesa durante uma celebração no Palácio Real de Narayanhiti, em junho de 2001.
Dentre as vítimas estavam o seu próprio pai, o rei Birendra; sua mãe, a rainha Aishwarya; e outros sete membros da família real, como a princesa Shruti, que tinha 25 anos de idade, era pintora e tinha duas filhas.
Autoridades do país apontaram que, depois de atirar contra os familiares, Dipendra atirou contra a própria cabeça e morreu nos dias seguintes.
O motivo é um mistério até hoje e alimenta teorias da conspiração. Há relatos de que Dipendra queria se casar com uma mulher chamada Devyani Rana, que ele conheceu no Reino Unido, mas a família era contra.
Outra teoria diz que a família de Devyani era uma das ex-famílias reais mais ricas da Índia e que um casamento com Dipendra poderia significar uma maior influência indiana dentro do Nepal, o que também era combatido pela monarquia nepalesa.
Isabel Feodorovna foi mulher do grão-duque Sérgio Alexandrovich, quinto filho do czar Alexandre 2º, na Rússia, e viveu um longo tempo em meio à nobreza.
Depois que o marido morreu bombardeado por um morador de Moscou, nos arredores do palácio onde moravam, em 1905, Isabel passou a viver em uma profunda tristeza até decidir se tornar freira.
Durante muitos anos, as instituições apoiadas por ela ajudaram os pobres e os órfãos na Rússia. Na Primeira Guerra Mundial, ela prestou atendimento aos soldados feridos e foi responsável por levar até a Igreja Ortodoxa a discussão sobre o acesso das mulheres a melhores posições dentro da instituição religiosa.
Em 1918, após a Revolução Russa, Isabel foi assassinada, a mando do regime comunista, junto com seus sobrinhos e sua irmã, a imperatriz Alexandra Feodorovna, além do imperador Nicolau 2º.
Por trás de sua morte estavam ligações que Isabel tinha com a família imperial, mesmo que ela já estivesse se afastando da nobreza e se dedicando às causas sociais. Em 1992, a Igreja Ortodoxa Russa decidiu canonizar a princesa como santa.
A princesa era a filha mais nova do falecido Xá (título semelhante a imperador) do Irã e fugiu do país, em 1979, após a revolução islâmica. Morou nos Estados Unidos, formou-se em filosofia, em 1992, e chegou a trabalhar como modelo.
Há relatos de que ela tinha sérios problemas de saúde relacionados à anorexia e depressão. Com 31 anos de idade, a princesa foi encontrada morta em um quarto de um hotel em Londres. Em um comunicado divulgado em Paris, sua mãe, a rainha Farah, disse que sua filha estava “muito deprimida”.
De imediato, a polícia classificou o falecimento de Leila como ‘morte inexplicável’. Posteriormente, no entanto, exames identificaram no corpo uma forte presença de seconal, um medicamento usado para o tratamento da insônia.
Apesar dos relatos da época de que Diana foi vítima de um trágico acidente de carro, em 1997, persiste até hoje uma corrente que defende a ideia de que ela tenha sido assassinada.
O relato oficial indica que uma perseguição de paparazzi teria feito o motorista Henri Paul perder o controle do veículo em um túnel rodoviário de Paris, causando a morte da princesa e de Dodi Al-Fayed, tido como um namorado de Diana na época.
A rede de hackers Anonymous, por exemplo, alimenta a teoria de que Diana sabia de casos de estupro que teriam acontecido no palácio e que envolviam pessoas próximas ao príncipe Charles, o que levaria a crer que ela pudesse ser assassinada.
Diversos filmes e séries foram feitos sobre a mais popular das princesas, mas nenhuma teoria da conspiração foi comprovada em décadas. Por outro lado, é público que o relacionamento de Diana com a realeza britânica era tumultuado e que seu casamento com o príncipe Charles foi marcado por mágoas, ciúme e traições, que deixaram a princesa com a saúde mental abalada.
Informações UOL
O curioso caso de um homem de 66 anos que perdeu a memória ao transar com sua esposa foi tema de um relato de caso médico publicado no Official Journal of the Irish Medical Organization, na última quarta-feira (25/5).
O paciente procurou um hospital contando que, cerca de 10 minutos após fazer sexo com sua mulher, não conseguia lembrar fatos recentes, vividos nas últimas 24 horas. A preocupação surgiu quando, após o contato íntimo, ele olhou a data em seu celular e percebeu que os dois tinham feito aniversário de casamento no dia anterior.
O paciente passou, então, a perguntar insistentemente para sua mulher o que havia se passado. A esposa respondeu que haviam comemorado a data em família, mas, por não lembrar da festa e nem do que tinha antes do sexo, ele resolveu ir ao hospital.
Após a equipe médica realizar um exame neurológico, o homem foi diagnosticado com amnésia global transitória (TGA), uma condição que causa perda repentina de memória, mas que costuma passar rápido e sem a necessidade de tratamento.
“Sua memória pessoal estava intacta, mas ele não tinha memória da manhã ou das celebrações do dia anterior”, relataram os médicos.
De acordo com a literatura da área, a TGA dura entre 4 e 6 horas – há relatos de períodos de até 24 horas – e costuma afetar homens entre 50 e 70 anos.
Até aqui, a ciência não sabe qual a causa do problema, mas os episódios têm sido associados à esforço físico, banhos de imersão, estresse e também sexo. Sete anos antes desta amnésia repentina, o mesmo homem já havia passado por situação semelhante.
Créditos: Metrópoles.
Pesquisadores de uma organização acadêmica americana de saúde, o Cedar-Sinai Medical Center, chegaram à conclusão em pesquisa recente de que o uso de vibradores traz benefícios médicos como força do assoalho pélvico, que diminuiria a incontinência urinária.
Para chegar a esse dado, o grupo se debruçou sobre 558 artigos voltados para o tema, dos quais 21 se adequarem em todos os critérios estabelecidos. Baseados neles, os pesquisadores sugerem que especialistas em medicina pélvica feminina, cirurgia reconstrutiva e até mesmo médicos em geral prescrevam esses sex toys. As especialistas consultadas por Universa vibraram com a novidade.
Na avaliação da psicóloga Adriane Branco, a principal vantagem nessa prescrição é o autoconhecimento da mulher. “E o auxílio do profissional pode soar como uma ‘autorização’. Para algumas mulheres, isso é necessário para desmistificar algumas crenças de que isso é errado, por exemplo”, aponta a especialista em terapia cognitivo comportamental e em sexualidade humana pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
A psicóloga Michelle Sampaio, especialista em sexualidade pela FMUSP, complementa: “Sou entusiasta desses acessórios porque eles têm também uma importância terapêutica nas fases diferentes da vida como na menopausa ou no puerpério, porque dependendo do caso é preciso usar o dilatador para ajudar com a musculatura, ou para estimular a libido.”
Esse estímulo genital com vibradores alivia ainda dores, reduz o nível do cortisol, causador do estresse, melhora a memória, o foco, o sistema imunológico e episódios depressivos, afirma Jéssica Siqueira, sexóloga da Plataforma Sexo Sem Dúvida. “E é bom ter profissionais capacitados para apontar como trabalhar melhor a musculatura pélvica e até na regulação do ciclo menstrual.”
E quando usado a dois, o brinquedo sexual ajuda ainda na intimidade do casal, observa a ginecologista e obstetra Erika Kawano, da Clínica Mantelli. De quebra, desmistifica a crença de que ele será o substituto do homem. “E a orientação profissional vai ajudar a mulher a deixar de acreditar que só irá atingir o orgasmo com o uso do vibrador.”
Michelle Sampaio até dá uma dica para o homem que crê numa possível competição entre o artefato: “Existe vibrador e masturbador masculino para eles se conhecerem também.”
Informações Universa UOL
A saúde mental é composta pelo aspecto emocional, comportamental e cognitivo. Antes com um maior estigma, a normalização da psicoterapia foi um fenômeno pandêmico.
No Brasil, a procura por consultas psicológicas online cresceu 230% em 2021, segundo pesquisa da plataforma de atendimentos online Vittude. Mas nem todo mundo precisa fazer terapia. Segundo especialistas, há momentos de maior sofrimento que demandam, sim, um auxílio externo de um psicólogo, mas é possível manter a saúde mental em dia com uma rotina saudável.
Confira quais modos de pensar e ações são saudáveis para cuidar da saúde mental.
Todo mundo tem pensamentos automáticos negativos, que nos levam para cenários ruins. Mas o que diferencia uma pessoa que consegue se autogerenciar bem no campo mental é o questionamento dessas ideias negativas. Isso porque os pensamentos são interpretações possíveis de uma situação, e não a verdade absoluta.
A dica é fazer uma lista de prós e contras das situações, imaginar cenários diferentes do negativo e ponderar os fatos. E, acima de tudo, ter consciência sobre o pensamento: ele é só uma das possibilidades sobre a realidade.
Precisa conversar com o chefe sobre alguma questão do trabalho? Pense nos argumentos antes, respire com calma e relaxe o tom de voz, falando sozinho antes do encontro. Tenha certeza das suas reivindicações e respeite o interlocutor. Trabalhe sua argumentação. Se quiser, faça uma lista no papel. Assim, na hora, você consegue se expressar, sem tanto estresse e ansiedade.
Não precisa ir à academia. Procure uma atividade corporal que possa fazer com frequência: caminhar, andar de bicicleta, nadar ou dançar, por exemplo. O movimento ajuda na saúde mental por produzir os quatro hormônios da felicidade: endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina. Meia hora de exercício por dia é um bom começo.
Quando estamos estressados, ativamos o sistema nervoso autônomo —que nos deixa estado de alerta, preparando-nos para o instinto de luta e fuga. Uma forma de ativar o sistema parassimpático, responsável pelo relaxamento, é o exercício físico, que diminui o cortisol e faz aumentar os níveis dos hormônios do bem-estar, prevenindo quadros de ansiedade e depressão.
Confiar em alguém para conversar sobre dificuldades e conquistas é muito importante para se sentir bem. Pode ser um amigo, parente ou uma rede de apoio. Faça uma seleção: há amigos que dão melhores direcionamentos do que outros. E não se preocupe com o julgamento deles, esteja aberto a orientações de fora.
Sabe aquela sensação de cansaço permanente? Segundo psicólogos, ela se dá por não sabermos dizer não. Mesmo tendo diversas tarefas, as pessoas acumulam funções por não conseguirem recusar propostas.
Os especialistas dizem que há três grandes estilos de comportamento: passividade, agressividade e assertividade. O passivo geralmente guarda angústias para si. O agressivo explode, expressando-se de forma desrespeitosa. Já o assertivo tem uma maneira firme e respeitosa ao dar limites —forma ideal de se relacionar. A dica é ser sincero e saber recusar tarefas que você não quer ou não pode aceitar.
Ligada à dica anterior, esse desdobramento —a reação alheia— pode gerar ansiedade. Mas as reações dos outros não estão sob nosso controle, e é preciso estar em paz com isso.
Não tome as reações do outro para si. Entenda que todo mundo tem estilos de comportamento e que, de acordo com seus valores, você tomou a decisão certa.
Trate a si mesmo como você trataria um amigo. Acolha suas dores e erros como se estivesse fazendo com alguém que você gosta. Todo mundo erra, mas o julgamento pode ser muito maior consigo mesmo —tome cuidado com isso. Comece a se ver de forma gentil. Se tiver um pensamento julgador, concentre-se no momento presente e veja o erro como parte do seu processo.
Essa dica serve para pessoas que têm a personalidade mais disciplinada. Escrever um diário auxilia no autoconhecimento. O objetivo é o mesmo da terapia: colocar para fora os processos mentais. Se você não é tão organizado para escrever relatos todos os dias, a dica é criar uma agenda de pensamentos: um caderno ou arquivo para você descrever ideias angustiantes, anotando a data e a situação em que elas surgem. Assim, ao longo do tempo, você vai conseguir reconhecer seus padrões e lidar melhor com eles.
Tocar um instrumento, pintar, desenhar, costurar ou aprender uma nova língua. Concentrar-se em uma nova habilidade ativa o seu cérebro em regiões que são menos exploradas, geralmente. Essa expansão faz bem para a saúde mental.
A luz azul e os estímulos dos aplicativos geram ansiedade e uma hiperatividade cerebral. A dica dos especialistas é ficar atento aos relatórios de tempo de uso do smartphone. Faça atividades essenciais sem o celular, como nas refeições e no convívio com os amigos e familiares.
É importante fazer uma limpeza mental antes de dormir. Pare de usar o celular ao menos meia hora antes de se deitar. Faça algo prazeroso corporalmente, como tomar um banho e passar um hidratante no corpo, conectando-se com o momento presente. Concentre-se na sua respiração e a acalme nesse momento de preparação para dormir.
Ter um animal de estimação aumenta a produção dos hormônios de bem-estar e felicidade. Além de ser uma boa companhia, o pet é interessante para pessoas que sofrem de depressão, porque gera uma rotina de atividades por meio das responsabilidades que o animal traz, como passear, limpar a caixa de areia, dar comida e água.
“Mindfulness” é a ideia ocidental para a mesma prática conhecida no Oriente como meditação: estar consciente no momento presente. Não é preciso ficar horas meditando, mas alguns minutos por dia podem ajudar a aliviar as tensões. Na internet, é possível achar meditações guiadas, que narram como se concentrar na respiração. A meditação é uma grande aliada em casos de transtornos de ansiedade.
Qual seu maior sonho? Se a resposta está ligada apenas à carreira profissional, é melhor repensar. O trabalho, apesar de poder ser uma fonte de satisfação pessoal, é uma atividade que não dá conta da complexidade humana. Por isso, tenha um projeto de vida além do trabalho. Construa projetos por prazer, com metas de outra ordem.
De acordo com uma diretriz do MEC (Ministério da Educação), todas as faculdades de psicologia precisam ter uma clínica-escola para atendimento gratuito da comunidade, sejam elas públicas ou privadas. Apesar da alta demanda, as vagas para atendimento geralmente abrem duas vezes ao ano, ao começo de cada semestre letivo, já que envolve o trabalho dos estudantes do curso. É bom buscar ajuda profissional quando se observa que a qualidade de vida e das relações está afetada.
Além disso, as policlínicas das secretarias de saúde dos municípios têm psicólogos atendendo pelo SUS (Sistema Único de Saúde). É possível se informar sobre o atendimento nas UBS (Unidades Básicas de Saúde). Há também materiais de psicoeducação disponíveis gratuitamente nas UBS.
Fontes: Katie Almondes, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Psicologia e professora do departamento de psicologia e da pós-graduação em psicobiologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); Leonardo Pinho, presidente da Abrasme (Associação Brasileira de Saúde Mental), sociólogo e especialista em gestão pública pela PUC-SP; Maria Gabriela Ribeiro, doutora em psicologia social pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e integrante do grupo de pesquisa da instituição, coordenadora do curso de psicologia da Faculdade Três Marias, em João Pessoa.
Informações Viva Bem UOL
Nas músicas, em séries, nas propagandas… não tem como fugir do assunto “sexo”. Nas letras das canções que dominam o ranking das mais ouvidas do país, há sensualidade de sobra. Na televisão, nos serviços de streaming, em qualquer lugar: nossa sociedade respira erotismo.
Na contramão desse movimento, porém, algumas mulheres estão adotando a privação do sexo. Seja por questões pessoais, por traumas ou por motivos “espirituais”, elas não consideram a decisão um ato conservador; pelo contrário, tem a ver com a autonomia dos seus corpos e o poder de escolha —fazer o que quer, no momento em que achar conveniente.
Para entender os motivos que as levara a essa decisão, ouvimos três mulheres que fazem (ou fizeram) celibato voluntário.
“A primeira vez que me relacionei sexualmente foi aos 18 anos, com meu então namorado.
Tínhamos uma vida sexual ativa e nosso relacionamento durou cerca de um ano e meio. Apesar disso, era uma relação conturbada e —de certa forma— abusiva. Eu sentia que só conseguia a atenção dele na hora que estávamos transando, então usava sexo como moeda de troca por afeto.
Depois que terminamos, resolvi mudar a maneira como lidava com meu corpo e com minha vida sexual. Agora eu sei o que quero (ou não) para minha vida. No momento dedico meu tempo a outros assuntos; faço estágio de manhã, trabalho à tarde e estudo à noite. Naquela época, nada disso era importante para mim.
Às vezes me pergunto se tem algo estranho comigo. Minhas amigas sabem da situação e até fazem piadas sobre o tema comigo. Para mim, contudo, é diferente. Não consigo me relacionar casualmente —até mesmo para “ficar” com uma pessoa, preciso de um tempo. A última vez que transei foi em outubro de 2020.
Voltei para a terapia no começo do ano. Quero revisitar esse assunto, tenho planos de me casar e constituir família só que, por enquanto, me envolver com alguém pode machucar essa pessoa, porque estou focada em mim”.
Ana Clara, 22 anos, estudante de pedagogia, mora em Rio Claro (SP)
“Eu tinha um um amigo ‘colorido’ com quem sempre transava. Uma bela manhã, depois de termos passado a noite juntos, ele virou pra mim e disse que estava ‘se sentindo recarregado’. Olhei para o teto e me veio um vazio; me dei conta que ele tinha ficado com tudo que eu tinha, tanto energética quanto emocionalmente falando.
Isso me trouxe um alerta e resolvi revisitar a vida de todos os meus parceiros afetivos do passado. Descobri que um ia ser pai, outro ia casar, a terceira já tinha casado.
Levei isso para a minha terapeuta e ela me disse: ‘Ninguém nunca vai permanecer na sua vida se você se comportar como caminho de passagem; será mesmo que você quer ser o destino de final de alguém?’. Essa reflexão mexeu comigo e percebi que todo minha vida estava bagunçada.
Naquela época, minha energia sexual exalava, tinha uma agenda de contatinhos para sexo. Parei para pensar sobre o assunto e me questionei ‘o que consigo fazer se eu não fizer sexo?’. Foi então que minha jornada de celibato voluntário começou.
Fiz 21 dias de jejum intermitente com muita meditação para canalizar a minha energia sexual para o lado criativo. Foi assim que acabei ficando três anos sem transar.
Nesse período conheci minha sócia, minha empresa prosperou, meu salário triplicou, vi que conseguia colocar a energia criativa (que vinha da energia sexual) em outras coisas.
Cortar o sexo foi bom para aprender a fazer escolhas mais conscientes, porque minha genitália guiava minhas escolhas e elas eram estúpidasnone
Decidi voltar a transar quando encontrei uma rede de apoio forte e tirei o sexo do topo das minhas prioridades. Hoje me sinto mais empoderada”.
Kamila Camilo, 29 anos, consultora de impacto de projeto social, São Paulo
“No final de 2019, conheci o meu namorado nas redes sociais. Em março de 2020 nós assumimos o relacionamento. Na época, por causa da pandemia, passamos um tempo afastados.
Antes de conhecê-lo, tive outros relacionamentos. Na minha adolescência, dos 15 aos 18, namorei um cara por quem eu era muito apaixonada, mas parecia que ele só me dava carinho quando a gente transava.
Depois, mais tarde, conheci outra pessoa em um intercâmbio que fiz para o Chile. Rolava muito abuso sentimental e sexual nesse relacionamento, o que também me traumatizou.
Portanto, quando comecei a me envolver com meu atual namorado, meu histórico não era positivo. Na nossa primeira vez, o clima foi estranho… Não sei explicar.
Resolvi conversar com ele sobre o assunto e ele foi muito amoroso e compreensivo. Eu já frequentava a Igreja e ele começou a ir junto comigo. Foi quando ouvimos sobre ‘relacionamento santo’ e optamos por esse modelo.
Decidimos que ficaríamos sem sexo até o casamento. ‘Esperar um pouco não vai fazer diferença, porque sei que vou passar o resto da minha vida contigo’, meu namorado me falou.
O celibato me faz bem para superar e entender que o sexo não é um bicho de sete cabeças. Eu e ele temos uma comunicação muito íntima, outras formas de carinho e intimidade que antes não existiam. Sinto um cuidado muito grande dele por mim. O jeito que ele me olha, uma admiração.
Às vezes o tesão vem (já teve fases que ficamos até sem nos beijar) e a gente dá um tempo. Eu quero me reconciliar com o sexo e voltei a fazer terapia para cuidar dessa parte.
Converso abertamente sobre o assunto com meus amigos —e também com pessoas desconhecidas. Tem meninas que vêm falar comigo e relatam abusos que sofreram. Acho que é importante a gente redefinir a importância que damos para o sexo”.
Jéssica Andrade, 24, estudante de fisioterapia, mora em São Carlos (SP)
A sexóloga Cláudia Renzi entende os pontos levantadas por essas mulheres. “Quantas pacientes eu não atendi que utilizavam o sexo como moeda de troca para receber afeto de seus parceiros? A libido pode, sim, ser direcionada para outra coisa que não o sexo em si”, opina.
“Se elas fizeram essa escolha, devem estar felizes com isso”, pontua a sexóloga. Cláudia sugere que, aquelas que pararam de fazer sexo por causa de traumas do passado, procurem profissionais da saúde para conversar. “É interessante que essa mulher faça terapia, para curar esses choques e evitar cair novamente em um relacionamento abusivo”, finaliza.
Informações Revista Universa UOL
Quem gosta do universo do vinho sabe que esta bebida é repleta de valor simbólico. Segundo a mitologia, ela é associada ao deus Dionísio e servia também para alimentar as divindades. Por isso mesmo, não é de se espantar que haja tantas crenças que cercam este líquido até hoje.
Mas nem todas estas crenças são reais — e pode ser que elas estejam impedindo que você desfrute de bons vinhos neste exato momento. Por isso, confira neste texto 8 mitos sobre vinhos que você deve parar de acreditar.
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Não é verdade que vinhos fechados com rosca são piores dos que os que têm rolha. Para entender, vale lembrar de qual é a função da rolha: vedar o vinho e permitir uma entrada controlada do ar para que ele envelheça aos poucos.
Acontece que nem todos os vinhos se beneficiam com o envelhecimento (isso, na verdade, só acontece com os bem caros). Por isso, pode ter certeza que há ótimos vinhos vedados com rosca.
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O decantador é um utensílio de boca estreita e fundo largo que serve para separar os sedimentos do vinho e o faz “respirar”. Por isso, quem se beneficia dele é apenas o vinho que possui algum sedimento. Se não é o caso do seu vinho, não há razão para usá-lo, mesmo que ele seja tinto.
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Não necessariamente. É preciso esclarecer que um bom vinho não tem a ver com a quantidade ou a variedade de uvas que foram usadas, mas com outros fatores: a qualidade da videira e da colheita, a técnica, a higiene empregada no processo e a qualidade da safra. Por isso, um vinho assemblage pode ser tão bom quanto um feito com apenas uma uva.
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Os antigos faziam isso com toda bebida gasosa: colocavam uma colherinha na boca da garrafa para manter o gás contido de um dia para o outro. Mas não funciona. Melhor investir em um utensílio que realmente sirva para isso.
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Pode até ser, mas nem sempre estes são os únicos matches que funcionam. Alguns vinhos de uva chardonnay vão super bem com carne vermelha, por exemplo. Por isso, vale ousar e encontrar novas combinações.
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Em alguns casos, sim. Mas na maior parte das vezes, o vinho rosé surge da fermentação de uvas tintas que tiveram pouco contato com a casca, que é o que garante a cor.
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Não é verdade. Na realidade, o que o vinho precisa é de um ambiente com bastante amplitude térmica — uma temperatura que varie entre o quente e o frio. O fato de que o Brasil tem uma ótima produção já é uma pista suficiente de que este mito é irreal.
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Há vários vinhos tintos que se beneficiam de alguns minutos na geladeira. A título de curiosidade, há a indicação padrão de que espumantes sejam consumidos em temperatura de 4 °C a 6 °C, os brancos de 8 °C a 10 °C e os tintos de 15 °C a 18 °C. Por isso, se você está em uma região mais quente que isso, um pouco de geladeira pode ser recomendado para o seu vinho tinto.
Informações Mega Curioso
A sociedade adora tratar da vida sexual e amorosa da Geração Z e dos millenials — respectivamente os nascidos depois dos anos 2000 e a geração anterior, nascida nas décadas de 1980 e 1990.
Como eles estão namorando, com quais orientações sexuais estão se identificando e como são seus relacionamentos?
Mas, por mais emocionante que o amor jovem possa ser, namoro e sexo não começam e terminam na juventude.
Na verdade, ambas as atividades podem melhorar significativamente com a idade.
Diversos estudos mostram que pessoas que vivem mais tempo podem estar fazendo o melhor sexo.
Por exemplo, um estudo de 2016 com mais de 6 mil adultos nos Estados Unidos mostrou que “a idade tinha uma relação positiva com a qualidade de vida sexual”.
Seus pesquisadores concluíram que os entrevistados mais velhos desenvolveram o que chamaram de “sabedoria sexual” — que se refere não apenas à destreza sexual, mas também à aptidão dos entrevistados de serem parceiros atenciosos e generosos.
“Com a experiência de vida, as pessoas podem estar aprendendo mais sobre suas próprias preferências sexuais e os gostos e desgostos de seus parceiros”, diz Miriam Forbes, pesquisadora sênior da Universidade Macquarie em Sydney, Austrália, que trabalhou no estudo.
Da mesma forma, pesquisas sobre a vida sexual de adultos na faixa dos 60 aos 80 anos, conduzidas por Peggy Kleinplatz, diretora da equipe de pesquisa de experiências sexuais ideais da Universidade de Ottawa, no Canadá, mostraram que a vida íntima das pessoas melhorou com os anos.
E um estudo de 2018 realizado em Israel mostrou que adultos de 60 a 91 anos mudaram seu foco “da luxúria para o amor” e de “receber para dar” em suas relações sexuais ao longo do tempo.
As pesquisas sugerem que habilidade, experiência e melhor comunicação dos desejos sexuais e românticos vêm com a experiência.
Assim, os mais jovens podem aprender muito sobre relacionamentos com os mais velhos.
A experiência deles pode inclusive reformular a narrativa de nossas jornadas sexuais, desconstruindo noções tradicionais de quem está fazendo o melhor sexo e quando.
O crescente interesse público pelo namoro e pela sexualidade dos idosos é um fenômeno novo.
Quando Stacy Lindau começou sua jornada como estudante de medicina em meados da década de 1990 em Rhode Island, nos EUA, ela foi ensinada a perguntar a seus pacientes mais velhos sobre sua história sexual, mas ela percebeu que seus professores não faziam isso.
No entanto, ela fez, e perguntas sobre as experiências passadas de seus pacientes causaram “um brilho em seus olhos”, diz ela.
“Eles ganhavam vida e tinham muita história para contar.”
Se simplesmente perguntar aos pacientes mais velhos sobre suas vidas íntimas teve esse efeito positivo, talvez fosse uma área que valesse a pena estudar para descobrir como abordar seu bem-estar geral, pensou a pesquisadora.
Mas Lindau percebeu que, embora houvessem estudos centrados nos comportamentos sexuais dos mais jovens, nenhum se concentrava nos adultos com 60 anos ou mais.
Estudos sobre jovens recebiam financiamento, porque o grupo era o mais afetado pelo HIV/AIDS, avalia Lindau, um tema de pesquisa popular e crucial à época.
No entanto, à medida que os tratamentos eficazes para o HIV/AIDS prolongaram a vida das pessoas que vivem com o vírus, as pesquisas sobre o tema mudaram e passaram a abranger pessoas mais velhas.
Enquanto isso, a comercialização bem-sucedida de medicamentos para disfunção erétil acabou sendo outro passo que “realmente abriu as portas” para o estudo da sexualidade entre adultos mais velhos, diz Lindau.
Isso ajudou a pesquisadora a obter financiamento para o estudo que ela e seus colegas conduziram, publicado em 2008.
Incluindo mais de 3 mil adultos americanos com idades entre 57 e 85 anos, o estudo de Lindau descobriu que mais da metade daqueles com idades entre 65 e 74 anos fizeram sexo pelo menos uma vez no ano anterior.
Mas também descobriu que os adultos mais velhos não eram particularmente propensos a discutir suas vidas sexuais com os médicos.
A pesquisa também serviu como um modelo que abriu caminho para estudos semelhantes sobre a intimidade entre idosos no Reino Unido e na Irlanda.
Enquanto isso, em seu trabalho clínico, Lindau continuou a falar sobre a vida sexual e amorosa das pessoas na faixa dos 60 e 70 anos.
Além de aprender sobre o interesse continuado de seus pacientes mais velhos em serem sexualmente ativos, ela também descobriu que os aplicativos de namoro tornaram-se mais comuns entre os idosos, permitindo que eles se exponham de uma maneira que não era possível no passado.
“Outro tema que ouvi é o dom de envelhecer”, diz Lindau.
Seus pacientes, muitos dos quais haviam sobrevivido ao câncer ou outras doenças, estavam aprendendo a aceitar o processo de envelhecimento em parte adaptando suas vidas sexuais e amorosas às suas realidades atuais, essencialmente transformando obstáculos relacionados à idade em experiências criativas de aprendizado.
Essa atitude se reflete nos estudos já mencionados sobre intimidade entre pessoas com 60 anos ou mais e na pesquisa da Kleinplatz sobre pessoas dessa faixa etária de todo o mundo.
“Aprendemos que ‘grandes amantes’ se fazem com o tempo, não nascem prontos”, diz Kleinplatz.
“Normalmente, as melhores experiências sexuais começam na meia-idade ou mais tarde.”
Em outras palavras, de acordo com os pesquisadores, o caminho para a satisfação sexual quase que necessariamente leva tempo.
Essa “sabedoria sexual” da qual Forbes falou em sua pesquisa não apenas torna a intimidade possível em idades mais avançadas, mas muitas vezes a aprimora.
Na verdade, os baby boomers — aqueles nascidos no período posterior à Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964 —, a geração da liberação sexual, ainda estão fazendo sexo, e talvez um sexo melhor do que as demais gerações.
Enquanto muitas pessoas ainda podem se sentir desconfortáveis ao falar sobre a vida amorosa dos idosos, esse grupo continua ganhando mais voz e está normalizando a discussão de suas experiências sexuais.
Na televisão, séries que abordam a vida de adultos mais velhos que navegam no romance e na sexualidade, como Grace and Frankie e The Kominsky Method, são cada vez mais populares.
Muitos idosos também têm falado sobre as alegrias e desafios do sexo na velhice (e até como viver uma vida sexual melhor aos 70 anos).
Essa mudança de narrativa pode ajudar a colocar a vida sexual dos mais jovens em perspectiva.
Em vez de ouvir as estatísticas habituais (e não muito científicas) sobre homens atingindo o ápice sexual aos 18 anos e mulheres aos 35, esses olhares mais atentos à vida íntima dos mais velhos desafiam a ideia convencional de que uma vida sexual e amorosa deve chegar ao auge aos 20 ou 30 anos da pessoa, ou então ela perdeu sua chance.
Pelo contrário, a vida sexual pode ser considerada como uma jornada holística, que melhora com o tempo e a experiência.
“Quando você for mais velho, terá aprendido a lidar com mais coisas”, diz Dossie Easton, 78, autora de The Ethical Slut (A Vadia Ética, em tradução livre).
“A experiência nos dá um repertório mais amplo e mais maneiras de combinar com qualquer pessoa.”
Os dados parecem concordar: o bom sexo está longe de ser limitado aos jovens; é parte de um futuro para o qual as pessoas sexualmente ativas mais jovens estão trabalhando.
*Leia a versão original desta reportagem (em inglês) na sessão Lovelife do site BBC Worklife.
Informações BBC News Brasil
Uma consultora profissional de nomes de bebês ganhou notoriedade ao revelar que recebe até US$ 10 mil (cerca de R$ 47,3 mil) para ajudar pais indecisos a encontrar o nome perfeito para seus filhos.
Segundo o jornal britânico “The Mirror”, Taylor Humphrey, 33, tornou-se bem sucedida em seu trabalho de atendimento às demandas de pais e mães, em sua maioria de primeira viagem, por meio de seu site What’s in a Baby Name (O que há em um nome de bebê), onde ela oferece “serviços de nomes sob medida” e “apoio perinatal”.
A assistência consiste em conversas individuais com os pais para ajudá-los a decidir sabiamente o nome certo da criança, além da realização de pesquisas genealógicas, caso sejam necessárias.
Atualmente, Taylor vive na Califórnia e em Nova York, nos Estados Unidos, se deslocando entre os dois locais para atender seus clientes. Em uma publicação na plataforma de vídeos TikTok, ela declarou que recebe entre US$ 1,5 mil e US$ 10 mil (equivalente a R$ 7,1 mil e R$ 47,3 mil) por trabalho.
Em seu site, a empreendedora explicou que a definição do nome de uma criança é uma tarefa mais complicada do que parece, especialmente porque, segundo ela, seu trabalho está amparado em conhecimentos da astrologia.
“Nossas escolhas – até mesmo os nomes que escolhemos para nossos bebês – têm significado cósmico”, defende Taylor. “As pequenas pessoas que trazemos ao mundo, a maneira como as criamos e moldamos, tudo isso é o presente que damos ao futuro. O que você escolhe trazer à luz? Que legado você está oferecendo aos nossos descendentes?”.
Para impulsionar seu negócio, Taylor investe nas intensamente na divulgação de seus supostos conhecimentos e de vários casos de antigos clientes nas redes sociais, principalmente o TikTok, onde conta com mais de 260 mil seguidores.
Graças a essa estratégia, sua consultoria se tornou mais acessível e muitas pessoas a procuram para pedir conselhos sobre nomes de bebês.
Em um vídeo, um seguidor perguntou se Emory Mackenzie seria um bom nome para seu filho, e Taylor analisou: “Eu amo essa combinação. Já estamos vendo um alerta de tendência de grandes nomes. Emory é o nome de uma escola de artes liberais realmente renomada, e estou descobrindo que muitos pais estão escolhendo esses grandes nomes de universidades particulares para seus bebês. Então fique atento a isso como uma tendência”.
A especialista também apresentou algumas sugestões de nomes ao filho do internauta, como Adler, Bryony, Carys, Fiona, Pippa, Aniston, Eliette e Carling.
Apesar do sucesso que vem fazendo com muitas famílias indecisas, vários internautas questionam o trabalho de Taylor e o custo-benefício de procurar sua assistência para resolver uma questão que, para eles, está longe de ser um bicho de sete cabeças.
“Eu perdi totalmente minha conexão com esse tipo de conteúdo”, comentou um usuário no Twitter. Outro brincou: “Isso deve ser uma daquelas coisas que gente muito rica faz quando não sabe mais em que gastar seu dinheiro”.
Informações UOL