Área em exoplanetas rochosos têm possível ‘clima habitável’
Uma equipe de astrônomos acredita na provável existência de vida alienígena em “zonas de crepúsculo” de planetas distantes. O estudo foi feito por cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI) e publicado na revista The Astrophysical Journal na quinta-feira 16.
Essa área, presente em exoplanetas rochosos que orbitam estrelas anãs vermelhas e com possíveis condições climáticas habitáveis, é uma faixa que separa o lado iluminado e o lado escuro de um corpo celeste.
De acordo com a líder da pesquisa e pós-doutorando Ana Lobo, do Departamento de Física e Astronomia da UCI, “estes planetas têm um lado diurno e um lado noturno constantes”.
A cientista disse que os planetas são bem comuns, pois existem em torno das estrelas anãs vermelhas. Elas representam cerca de 70% dos astros vistos no céu noturno e são relativamente mais escuras que o Sol.
Segundo informações do site Phys.org, as zonas de crepúsculo podem estar nesta faixa de temperatura constante, entre o muito quente e o muito frio. “Você precisa de um planeta que esteja no ponto ideal da temperatura para ter água líquida”, disse Ana. A água líquida, conforme os cientistas, é um ingrediente essencial para a vida.
Nos lados escuros dos exoplanetas, a noite criaria temperaturas extremamente baixas, o que resultaria ema água congelada. O lado do planeta que está sempre voltado para sua estrela pode formar um clima quente e não permitir que a água permaneça em estado líquido por muito tempo.
Acredita-se que esta é a primeira vez que os astrônomos conseguiram demonstrar que os exoplanetas podem possuir condições climáticas habitáveis, restritas à zona de crepúsculo.
Informações Revista Oeste