Frank James, o homem suspeito de abrir fogo dentro de um vagão do metrô do Brooklyn, em Nova York, foi preso na tarde de hoje após passar um dia sendo procurado pela polícia norte-americana. Em coletiva de imprensa, a Polícia de Nova York contou que, o homem foi detido no bairro East Village, a mais de 7 km de distância do Brooklyn, onde o crime foi registrado.
“Nós pegamos ele. Não consigo agradecer o suficiente aos homens e mulheres do Departamento de Polícia, assim como aos agentes federais e aos socorristas”, disse o prefeito da cidade, Eric Adams, em um comunicado em vídeo. Adams foi diagnosticado com covid-19 no fim de semana. Por isso, não fez qualquer aparição pública após o crime.
“Momentos atrás, Frank Robert James foi parado na rua e detido por membros do Departamento de Polícia de Nova York. Oficiais que seguiam informações de uma denúncia pararam o senhor James às 13h42 na esquina da rua Saint Marks Place com a 1ª Avenida”, disse a comissária da polícia, Keechant Sewell.
Segundo ela, o suspeito não reagiu. Um vídeo que mostra ele sendo detido por policiais na frente de uma adega foi divulgado nas redes sociais. Pelo menos três viaturas acompanharam a ação.
James foi preso outras nove vezes na cidade de Nova York entre os anos de 1992 e 1998. Entre os crimes pelos quais ele foi detido estão receptação de joias roubadas e estupro de vulnerável. Apesar das prisões, que também foram registradas em outros estados, James não tinha qualquer condenação pelos crimes, o que permitiu a compra da arma usada por ele no crime.
Apesar da polícia de Nova York informar que não investigava a ação de James como terrorismo, as autoridades do país norte-americano informaram hoje que vão autuar o homem por crime federal de terrorismo. A informação foi confirmada pelo promotor federal para o Brooklyn, Breon Peace, que afirmou que ele pode ser condenado à prisão perpétua.
O norte-americano de 62 anos foi identificado pela polícia poucas horas após o ataque. Chaves de uma caminhonete alugada por ele foram encontradas na cena do crime e ele foi definido como um “homem perigoso” pelo Governo de Nova York.
Frank teria entrado no vagão com um colete amarelo similar ao de trabalhadores do metrô e colocado uma máscara de gás antes de abrir fogo contra passageiros. A motivação do ataque ainda não foi esclarecida pela polícia.
Segundo o jornal The New York Post, James foi apontado pelos policiais como um homem problemático, que havia chamado a atenção anteriormente por ter disseminado discursos de ódio e ameaças em vídeos contra o prefeito de Nova York, Eric Adams. O infrator, que alegou ser diagnosticado com doença mental, disse que estava insatisfeito com os serviços de saúde pública direcionados às pessoas com os mesmos problemas.
Desde então, as autoridades passaram a monitorar as ações de James.
A Polícia de Nova York foi acionada para uma ocorrência de pessoa baleada por volta das 8h30 no horário local (9h30 no horário de Brasília) em uma estação no Brooklyn localizada na rua 36.
Chegando ao local, onde passam as linhas D, N e R do metrô de Nova York, eles foram informados por testemunhas de que um homem vestido com colete de construção verde, com uma calça cinza e uma máscara de gás entrou no metrô e teria acionado uma bomba de fumaça. Quando o veículo parou na estação, ele teria começado a atirar nas pessoas, aparentemente sem alvo definido.
Muitos passageiros afirmaram que ouviram sons de explosão de várias bombas, mas o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) declarou que, após uma longa varredura no local, não foram encontrados explosivos ativos. Contudo, informações da rede NBC confirmaram que, dentro da mochila do responsável pelo tiroteio, havia uma arma e fogos de artifício.
A emissora também divulgou que a arma usada no incidente acabou travando, o que provavelmente evitou uma tragédia maior.
Em um pronunciamento na tarde de hoje, o prefeito de Nova York, Eric Adams, afirmou que 23 pessoas ficaram feridas no incidente e precisaram ser encaminhadas a hospitais. Dez delas foram atingidas por disparos de arma de fogo e quatro delas permaneciam internadas. Nenhuma corre risco de morte.
Informações UOL