A intuição é uma habilidade valiosa. Ela pode ser descrita como a capacidade de compreender ou saber algo de forma imediata, sem a necessidade de raciocínio consciente. Muitas vezes, é vista como um “sexto sentido” que nos ajuda a tomar decisões rápidas e assertivas, resolver problemas complexos e conectar-nos com nossa sabedoria interior.
A seguir, veja cinco maneiras de desenvolvê-la:
A força das nossas intuições dependerá da quantidade das nossas experiências. A mente inconsciente percorre seu conhecimento armazenado para encontrar a melhor resposta para os nossos problemas, sem que nós relembremos conscientemente as memórias exatas que alimentam essas sensações.
“Se você for um especialista, conhecerá todas as idiossincrasias que podem fazer com que um candidato seja bom para o cargo, mesmo que seja difícil descrevê-las com palavras”, afirma Vinod Vincent, professor da Universidade Estadual Clayton, na Geórgia (EUA), e autor de estudo sobre assunto.
O poder da tomada de decisões intuitiva pode ser especialmente importante quando estamos processando uma grande quantidade de informações complexas e difíceis de lembrar com precisão. Nesses casos, pode haver benefício em deixar nosso cérebro vaguear por outra atividade não relacionada, enquanto a mente inconsciente remói as informações e toma a decisão por nós.
Segundo as pesquisas mais recentes, a qualidade da intuição de uma pessoa pode depender da sua inteligência emocional, a IE, geral. Quando aprendemos a aumentar nossa IE, podemos fortalecer nossa tomada de decisões intuitiva.
Os psicólogos determinam a IE utilizando uma série de questões que medem, por exemplo, a capacidade das pessoas de identificar as emoções expressas nos rostos dos demais e prever as mudanças de humor de outra pessoa, conforme as circunstâncias.
Para sintonizar sua intuição, você poderá primeiro tentar entrar em contato com suas emoções de forma mais geral, questionando cuidadosamente o que está sentindo e quais as fontes daquele estado de espírito. Com o passar do tempo, você poderá achar mais fácil distinguir quando está recebendo um sinal preciso e genuíno. As suas intuições nunca serão totalmente à prova de falhas, mas a prática pode fazer com que elas se tornem um guia importante.
O psicólogo norte-americano Gary Klein, autor de vários livros sobre tomada de decisão, como “O Poder da Intuição”, é conhecido por um método de avaliação de risco bastante utilizado em empresas, chamado “post-mortem”.
Ele propõe que, após decidir por um projeto ou uma ação, os envolvidos façam um exercício mental de visualização, como se estivessem diante de uma bola de cristal. O objetivo é prever possíveis riscos que não foram levados em consideração antes, quando se está empolgado com alguma ideia.
A tal da intuição, ou “feeling”, até pode ter uma explicação sobrenatural para alguns, mas, segundo os psicólogos, ela nada mais é que um conjunto de pensamentos acessados de maneira inconsciente.
É como um caminho não racional para o conhecimento que você acumulou ao longo das suas experiências de vida. “Mas é preciso diferenciar a intuição do comportamento impulsivo”, alerta a psicóloga clínica Nina Taboada, especialista em psicologia cognitivo-comportamental.
Como fazer isso? A psicóloga tem duas dicas:
A primeira é que você precisa estar com a cabeça no momento presente, um estado que é chamado de atenção plena (ou “mindfulness”). Se você tomou a decisão só para se livrar daquilo logo, porque tinha vários outros problemas para resolver, é possível que tenha decidido por impulso.
O segundo e principal conselho dela: “A intuição é serena”. É uma certeza que gera tranquilidade.
Informações UOL