O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (22) que os acordos de Minsk, que garantiam a paz com a Ucrânia não existem mais. Em entrevista a jornalistas, Putin culpou o governo ucraniano pelo fim dos acordos.
O chefe do Executivo russo reafirmou ainda o reconhecimento das províncias separatistas de Donetsk e Luhansk como repúblicas independentes e disse que, “em caso de necessidade”, fornecerá ajuda militar aos separatistas.
– Reconhecemos todos os documentos fundamentais [de Donetsk e Luhansk], inclusive sua Constituição. Mas eu gostaria de destacar que todas as questões serão discutidas entre as autoridades das repúblicas e Kiev. Entendemos que, nesse momento, isso é impossível porque está tendo conflitos armados na região, mas isso acontecerá no futuro – garantiu.
ACORDOS DE MINSK
Em 2014, seis meses após a Rússia anexar a península ucraniana da Crimeia, o acordo de Minsk 1 foi assinado pelos dois países, que se comprometeram com 12 pontos que promoviam um cessar-fogo na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
Um ano depois, Minsk 2 foi assinado para tentar solucionar os conflitos que permaneceram após Minsk 1. Os principais pontos do tratado incluíam um cessar-fogo imediato, a retirada dos armamentos pesados, o monitoramento da região pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e a retomada dos vínculos econômicos e sociais plenos entre os dois países.
A Ucrânia afirma que a Rússia nunca cumpriu os acordos e que, desde que foram assinados, cerca de 14 mil pessoas já morreram nos conflitos na região do leste ucraniano. Áreas como as de Donetsk e Luhansk são dominadas por grupos paramilitares separatistas apoiados pela Rússia.
*Pleno.News