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O casal está transando e o sexo parece gostoso e prazeroso para os dois. O jovem, então, tem um orgasmo. Já para a menina foi simplesmente “ok”. Ela se levanta, coloca a roupa e vai embora sem ter chegado a esse momento de prazer.
Poderia ser o relato da vida real de boa parte das mulheres solteiras, mas é uma das cenas polêmicas de “Sex Education”, série da Netflix que sempre traz boas discussões sobre sexualidade. Neste episódio, o primeiro da terceira temporada, a produção suscita um debate recorrente sobre penetração vaginal e prazer feminino: será que ela não conseguiu gozar por que o pênis do parceiro era pequeno?
Depois dessa dúvida se instaurar na cabeça do adolescente, ele investiga a questão de jeito trivial: pergunta com quantos ela já teve orgasmo e mede o próprio pênis, sem e com ereção. Mas, por que o fato de ter um pênis pequeno ainda é uma questão para homens e mulheres?
Na sociedade falocêntrica na qual vivemos, o comprimento do pênis é um dos símbolos mais fortes de masculinidade para homens. Bombam anúncios tentadores (e perigosos) de “aumente seu pênis” e há cirurgias para que a dimensão do órgão sexual seja maior.
Talvez nem toda pessoa que tem pênis queira aumentá-lo, mas é quase impossível escapar da comparação de tamanho com os considerados micropênis (que, ereto, tem 7cm) e o “médio” (ereto, tem mais ou menos, 13 cm, segundo estudos). Mas, antes de você pegar uma régua, relaxe: não há um consenso científico sequer sobre como ele pode ser medido para se ter efetivamente um parâmetro.
Então, por que a medida do pênis é tão ligada, principalmente nas relações sexuais heterossexuais, à capacidade de dar prazer à mulher?
A lógica vem de uma construção cultural limitante sobre como lidamos com nossos próprios corpos. O homem pressupõe que não tem como dar prazer se não tiver o pênis grande. Mas, para algumas mulheres, isso pode até causar dor. Ou seja, precisamos quebrar esse padrão cultural, porque o homem e a mulher o carregam para as relações.
Isso vale para aquela conversa entre amigas sobre a suposição de que pênis grande vale mais — e por que quem tem pequeno é alvo de piada. Ainda que agora as mulheres tenham mais espaço para se posicionar e falar dos homens, como eles falam dos seios e da bunda delas. Mas será que isso é bom ou ruim?
Foi quebrando esse tabu (ouviu o barulho de ele sendo quebrado?) que a psicóloga Amanda*, de 29 anos, conseguiu ter uma das melhores transas de sua vida com um parceiro que, no primeiro encontro, abriu o jogo sobre ter um pênis que ele considerava pequeno.
“Dois aspectos foram primordiais para a experiência ter sido tão boa: ele não tinha vergonha ou receio pelo tamanho do órgão e eu já conhecia meu corpo para entender que isso não teria impacto no meu prazer”, contou, para Universa.
Escolher uma posição na transa que funcione também conta: vale experimentar as que a mulher fica por cima, para garantir penetração mais profunda e maior controle sobre os movimentos — mas, como tudo no sexo, é preciso que seja prazeroso para todos os envolvidos.
Daí vem a importância de cada um conhecer seu próprio corpo e investir na autoestima sexual para além do que é estabelecido como padrão. “O que ajudou foi que eu já me masturbava e entendia os locais que eu sentia mais prazer, e não precisava de um objeto fálico para isso. É que a indústria pornográfica traz a ideia do prazer relacionado apenas ao pênis e isso é irreal”, analisa Amanda.
Ok. Temos dedos, língua, mão… Mas, há quem curta mesmo penetração (e, inclusive, prefira pênis grandes). Por outro lado, há homens que se preocupam com o tamanho do pênis e prefeririam ter uns centímetros a mais, não só para “reforçar a autoestima”, como para experimentar diferentes posições sexuais em que a penetração conta muito.
Em casos mais latentes, ligados à autoestima e a performance sexual, a orientação é procurar um sexólogo. Explorar produtos eróticos, conversar com o parceiro ou parceira sobre posições, expectativas no sexo e sobre diferentes possibilidades de prazer em outras áreas do corpo também faz com que as relações sexuais sejam mais honestas.
É possível usar outros recursos que têm efeito transitório para aumentar o pênis durante o sexo. Há géis que estimulam a vascularização superficial e as capas penianas também são uma solução, mas a sensação ao usar é como se tivesse colocado uma camisinha muito grossa e se perde boa parte da sensibilidade do pênis. O produto não deve ser usado por quem não está muito excitado ou tem dificuldades de ereção.
Dica: visitar o consultório de um sexólogo e, no caso de problemas médicos, de um urologista, pode ser uma boa recomendação para quem quer testar os acessórios sem o risco de se machucar.
Fontes: Enylda Motta, sexóloga; e Renan de Paula, sexólogo e empreendedor
Informações UOL