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Maica/IStock
Imagem: Maica/IStock

Na fase escolar, é comum que algumas crianças e até mesmo jovens apresentem dificuldades para escrever, ler e calcular. Mas, em alguns casos, a situação pode indicar um transtorno específico de aprendizagem, ou seja, quando o cérebro não recebe, processa ou analisa as informações adequadamente. Essas pessoas podem ser chamadas de “preguiçosas” e “desinteressadas”, o que compromete a autoestima desde cedo.

Para Ellen Brandalezi, psicopedagoga da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, os transtornos de aprendizagem comprometem de forma bastante significativa o desempenho acadêmico do aluno. Por isso, ele apresenta resultados muito abaixo do esperado para seu nível intelectual e de escolaridade. “São alterações específicas do neurodesenvolvimento que afetam as habilidades de leitura, escrita e matemática, prejudicando o funcionamento escolar do indivíduo. Isso independe se o ambiente é adequado e favorável para a aprendizagem”.

Vale destacar que os transtornos de aprendizagem não estão associados à deficiência intelectual e diminuição da visão ou audição. Também não ocorrem devido a transtornos mentais, doenças, traumas neurológicos ou problemas sociais.

O cérebro dessas pessoas funciona de uma forma diferente. Para aprendermos, é necessário que ele realize uma série de conexões entre as diversas áreas, que compreende processos como atenção, percepção, memória, simbolização e conceituação. “Para quem tem um transtorno de aprendizagem, há uma ‘falha’ em algum desses processos e a pessoa precisa de ajuda específica para lidar com essa dificuldade”, explica Eliane de Moura, psicóloga, mestre em psicologia da infância e adolescência e professora do curso de psicologia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).

A seguir, veja os principais transtornos de aprendizagem e seus sintomas.

Dislexia

Ocorre uma dificuldade de leitura e escrita. A pessoa apresenta problemas para reconhecer as palavras, decodificá-las, não consegue soletrar, troca letras por sons ou grafias parecidas e também há dificuldade em ler em voz alta e compreender o que leu. Por isso, é comum que o diagnóstico ocorra no período de alfabetização. Outros sintomas comuns são: atraso na fala, dificuldade para se expressar e vocabulário reduzido.

Estima-se que a dislexia atinja cerca de 17% da população mundial. É uma condição neurobiológica hereditária, ou seja, é comum que a criança ou jovem tenha um familiar disléxico.

Discalculia

Sabe aquela dificuldade com as operações matemáticas e a compreensão dos números? Pode ser discalculia, um transtorno de aprendizagem que afeta a habilidade de a criança ou jovem realizar cálculos matemáticos. Também atrapalha o entendimento de conceitos numéricos e são comuns as dificuldades para identificar os números.

Outros sintomas e sinais frequentes são: dificuldade de raciocinar quando há números e conceitos matemáticos, não entendem o significado dos números, não conseguem fazer contas simples, apresentam dificuldades para lidar com dinheiro e também para calcular o tempo.

Disortografia

É uma dificuldade de aprendizagem que afeta a capacidade da criança ou do jovem soletrar ou escrever corretamente. A pessoa não consegue escrever sem cometer erros ortográficos. Geralmente, omite ou inverte as letras e as sílabas, esquece as pontuações, substitui letras com sons e formas semelhantes. É comum que não consiga escrever um texto bem estruturado.

Disgrafia

Esse transtorno de aprendizagem também causa problemas na hora de escrever e a principal característica é uma caligrafia ilegível. Por isso, fica bastante difícil entender o que a criança escreveu. É comum que o aluno faça muito esforço para escrever, já que apresenta dificuldade com a ortografia, caligrafia e para conseguir se expressar.

Outros sintomas comuns são: misturar letras maiúsculas e minúsculas, escrever com tamanhos e formas irregulares, espaçamento muito grande entre as letras, não conseguir copiar as palavras, dificuldade para segurar o lápis ou caneta e falar muito enquanto escreve.

Como diferenciar uma dificuldade comum de um transtorno de aprendizagem?

É importante que pais e professores estejam atentos à persistência desses sinais e direcionem a criança para uma avaliação multidisciplinar. Somente desta forma os sintomas poderão ser identificados e definidos (ou não) como transtorno de aprendizagem.

Para Telma Pantano, psicopedagoga do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), o ambiente em que a criança estuda também deve ser levado em conta. “Problemas de aprendizagem são diferentes de transtornos de aprendizagem. O primeiro pode estar associado a questões pedagógicas como alguma deficiência no sistema de ensino aplicado nas escolas; já os transtornos ocorrem devido aos processos cerebrais das crianças, o que dificulta a assimilação de informações”, destaca.

O diagnóstico de um transtorno de aprendizagem geralmente só ocorre após a criança ingressar na escola. Para ele, é realizada uma avaliação neuropsicológica, que pode ser feita por uma equipe multidisciplinar (neuropediatras, psiquiatras, fonoaudiólogos, psicólogos, neuropsicólogos e psicopedagogos). São feitas diversas entrevistas com os alunos e os pais, para se observar o comportamento da criança, o histórico familiar e escolar. Não há exames específicos que determinem se a criança tem ou não um transtorno de aprendizagem, por isso a observação do comportamento é um fator determinante para o diagnóstico correto.

Vale destacar que, pelo fato de ser um transtorno (e não uma doença), não há cura, mas há diversas medidas terapêuticas efetivas que são recomendadas de acordo com a condição da criança ou jovem. “O ideal é ter o acompanhamento de um neurologista, psicopedagogo e/ou fonoaudiólogo, além de um psicólogo para trabalhar com as questões emocionais, como lidar com o sentimento de frustração e de incapacidade, por exemplo”, afirma Brandalezi.

Os pais não devem pressionar as crianças para melhorar o desempenho escolar ou diminuir seus esforços e os progressos. Já os professores, que muitas vezes são os primeiros a notar os sintomas, devem comunicar os pais sobre as dificuldades do aluno e orientá-los a procurar ajuda especializada. Durante as aulas, a recomendação é sempre conversar com o aluno de forma individual, para evitar uma exposição desnecessária.

“Forçar ou brigar só vai afetar ainda mais a autoestima da criança. É importante que os pais identifiquem a forma que seu filho aprende melhor e utilizem estratégias lúdicas como jogos e brincadeiras para deixar as atividades mais leves e prazerosas”, diz Moura.

Informações UOL/ VivaBem

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