“Tribes of Europa” é uma série sci-fi lançada em 2021, na Netflix, produzida pela W&B Television, mesma produtora de “Dark”. Com uma história repleta de aventura, fantasia e ação, o show emplacou no Top 10 brasileiro da plataforma durante o ano. Na trama, em um mundo distópico que se passa em 2074, a humanidade entrou em colapso por conta da tecnologia e, para sobreviver, os povos se dividiram em tribos. No centro da nossa história, temos os Orígenes, um grupo de pessoas que decidiu se isolar nas florestas para viverem em conexão com a natureza e sem uso de equipamentos ultramodernos.
É consenso que há algo de bastante similar com “Game of Thrones”. Os três protagonistas, os irmãos Liv, Kiano e Elja, acabam se separando e ganhando suas próprias subtramas, assim como ocorre com a família Stark. Em “Tribes of Europa”, a guinada acontece depois que uma nave atlantiana cai, dando início a uma série de eventos violentos. Quando a vila dos Orígenes é praticamente exterminada, Liv (Henriette Confurius) se une a um grupo de militares, os Escarlates; Kiano (Emilio Sacraya) é sequestrado por uma poderosa tribo inimiga, os Corvos; e Elja (David Ali Rashed), o caçula, encontra o piloto que caiu da nave atlantiana. Os dois se tornam amigos e fogem com o Cubo, um artefato misterioso de imenso poder, que contém uma mensagem para os atlantianos e poderá levar Elja para a Arca, uma espécie de porta de passagem para Atlântida.
Para ficar mais claro, os atlantianos seriam os norte-americanos, detentores das maiores e mais poderosas tecnologias e possivelmente os responsáveis pelo mundo como eles conhecem: destruído e em guerra. Não é de hoje que vemos filmes, séries e livros com histórias assustadoras sobre os efeitos colaterais da ciência e tecnologia sobre o planeta. Dominação dos robôs, destruição da Terra, escassez dos recursos naturais essenciais para a vida, epidemias globais destruidoras, dentre outras coisas. De “Blade Runner” a “Mad Max”, de “Interestelar” a “Eu, Robô”, do crente ao ateu, ninguém explica os mistérios, temores e dúvidas que rodeiam o futuro da humanidade.
Apesar de parecer um pouco adolescente, não se engane, a série não deixa de explicitar cenas de violência e sangue e, em menor quantidade, sexo. Então, tire as crianças da sala! Com seis episódios de aproximadamente 50 minutos, a série tem dificuldade em fazer a história decolar, o que só ocorre próximo do fim. Com cenas de ação e violência inebriantes, é na hora de entregar um contexto original, que se aprofunda na história dos protagonistas e explora mais suas personalidades que a série dá uma travada. Mas se você adora uma combinação de cenas cheias de movimento, aventuras, batalhas e umas pitadas de humor, pode se render para este programa que se mostrará ideal para você.
Embora o streaming ainda não tenha oficializado uma segunda temporada, o diretor Philip Koch já trabalha em uma possível continuação da história e já revelou até que vislumbra pelo menos oito temporadas da série. Para os fãs de relacionamentos longos, essa pode ser uma boa notícia também.
Informações Revista Bula